A enzima conversora de angiotensina (ECA) é uma enzima que envolve a conversão da angiotensina I em angiotensina II. Isso leva ao estreitamento ou abertura dos vasos sanguíneos, um processo conhecido como vasoconstrição. As funções da enzima conversora de angiotensina resultam em várias condições médicas, para as quais uma certa categoria de medicamentos foi criada.
A ECA é classificada como um peptídeo, que é uma forma mais curta de proteína. Mais especificamente, é uma exopeptidase, que catalisa as extremidades das ligações peptídicas ou proteicas para liberar aminoácidos únicos. A enzima conversora de angiotensina é liberada das células que compreendem os pulmões e os rins.
A angiotensina I, que se origina nos rins, carece de qualquer atividade biológica. Esse decapeptídeo – um peptídeo que consiste em dez aminoácidos – existe como precursor da angiotensina II, que é sua forma ativa. A angiotensina II é um octopeptídeo, o que significa que contém oito aminoácidos. A ECA catalisa a transformação removendo os dois aminoácidos da angiotensina I.
A enzima de conversão da angiotensina também é responsável pela degradação do peptídeo bradicinina. Ele atua como um vasodilatador, que é um agente que amplia os vasos sanguíneos. Portanto, a bradicinina tem o efeito oposto da angiotensina II.
As duas funções da enzima conversora de angiotensina tornam a enzima conversora de angiotensina uma parte importante do sistema renina-angiotensina (SRA). Este é um sistema hormonal responsável por regular a pressão sanguínea e o equilíbrio de fluidos do corpo, conhecidos coletivamente como volume extracelular. O RAS supervisiona substâncias localizadas fora das células. O prefixo “renina” refere-se à enzima que induz a produção de angiotensina I, que por sua vez é transformada em angiotensina II para que ela funcione. A angiotensina II contrai os vasos sanguíneos, aumentando assim o fluxo sanguíneo e causando pressão alta ou hipertensão. Por outro lado, a destruição da bradicinina diminui a capacidade dos vasos sanguíneos de ampliar e restringir o fluxo sanguíneo.
O RAS também é conhecido como sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAAS). Isso ocorre porque a angiotensina II causa a liberação de aldosterona, um hormônio que aumenta a quantidade de sódio e água que entra no sangue. Isso também aumenta a pressão sanguínea, pois essa reabsorção aumenta o volume extracelular do corpo.
Além da hipertensão, as ações da enzima conversora de angiotensina contribuem para doenças como insuficiência cardíaca e diabetes. Existem medicamentos especializados chamados inibidores da ECA para inibir a enzima, diminuindo a formação de angiotensina II e a degradação da bradicinina. Exemplos de inibidores da ECA incluem o Benazepril, que é vendido sob a marca Lotensin; Capotril, que leva o nome da marca Capoten; e Lisinopril, com a marca Prinivil ou Zestril.