O termo “fora da rede” descreve uma estrutura que não está conectada à rede elétrica ou a outros serviços públicos. As pessoas costumam usar esse termo para descrever uma casa autônoma, uma casa que é capaz de funcionar por conta própria, embora tecnicamente edifícios e outras estruturas também possam estar fora da rede. O termo também é usado para descrever um estilo de vida particular que é incorporado por estruturas autônomas.
Existem duas razões para estar fora da rede. O primeiro é puramente prático: a penetração do serviço público não é completa, mesmo em países industrializados, e algumas pessoas não conseguem se conectar a itens como rede elétrica, esgotos públicos e água da cidade porque esses serviços não estão disponíveis. Isso é mais comum em áreas rurais, onde as concessionárias ainda não ampliaram sua infraestrutura e, em alguns casos, a concessionária pode não ter planos de fazê-lo, porque o custo de extensão não seria recuperado dos clientes. Nessas áreas, as pessoas precisam gerenciar seus próprios resíduos, gerar sua própria energia e fornecer sua própria fonte de água para o encanamento, se esses serviços forem desejados.
A segunda razão para viver dessa maneira é decidir fazer isso, fazendo uma escolha calculada de ser autossuficiente. Algumas pessoas gostam de ficar fora da rede porque se opõem a pagar por serviços públicos, enquanto outras acham que viver dessa forma proporciona mais independência energética. Como as pessoas não podem escolher de onde a concessionária obtém água ou eletricidade, ou como gerencia seus resíduos, elas podem optar por ficar fora da rede para que possam usar energia renovável.
Pessoas que vivem dessa forma podem usar coisas como turbinas eólicas, moinhos de vento e células solares para geração de energia. Um moinho de vento também pode ser usado para alimentar uma bomba de água, ou um tanque alimentado pela gravidade pode ser usado para fornecer água a uma estrutura baixa, com o tanque coletando água de um rio, riacho ou nascente próximo. A gestão de resíduos humanos pode ser tratada com compostagem, banheiros de incineração ou um simples banheiro externo, enquanto os resíduos orgânicos, como restos de alimentos, podem ser compostados e outros produtos residuais podem ser reutilizados e reciclados tanto quanto possível, com o lixo verdadeiro sendo levado para um depósito de lixo ou enterrado em um aterro sanitário local.
A auto-suficiência também pode ser expandida com coisas como uma horta para fornecer alimentos e a manutenção do gado para fontes adicionais de alimentos, como leite, ovos e carne. Em algumas regiões, comunidades inteiras estão fora da rede elétrica, com vizinhos trabalhando para apoiar uns aos outros enquanto promovem energia sustentável e um estilo de vida sustentável. Em outras áreas, as pessoas seguem seu próprio caminho.
Empresas contratantes que constroem residências em rede ou convertem residências existentes podem ser encontradas em muitas regiões do mundo. Algumas dessas empresas usam técnicas muito engenhosas para criar residências econômicas e com baixo consumo de energia, enquanto outras atendem consumidores sofisticados que gostam do cachê social de viver fora da rede, mas desejam evitar transtornos usando os aparelhos mais recentes. Em ambos os casos, as etapas iniciais podem exigir um investimento substancial, mas o resultado final será uma economia considerável, pois a natureza autocontida da estrutura se pagará no final.