Estimativas de boa fé são documentos formais que relacionam todas as despesas associadas a uma transação e fornecem um valor estimado para cada uma dessas despesas. Documentos desse tipo são usados rotineiramente em negócios imobiliários e, às vezes, também são empregados na venda de outros bens e serviços. Em geral, uma estimativa de boa fé envolve fazer o fornecimento de projeções informadas do valor antecipado de cada despesa listada no documento, com o entendimento de que fatores imprevistos podem fazer com que esses valores aumentem ou diminuam quando a compra real for feita.
A criação de um orçamento de boa fé é muito comum na profissão imobiliária. Muitas jurisdições exigem a preparação deste tipo de documento como parte da papelada necessária para qualquer financiamento imobiliário. Nos Estados Unidos, o banco, a empresa hipotecária ou a financeira é responsável por preparar este documento, listando todos os custos e taxas usuais que provavelmente serão aplicáveis à transação específica.
Uma estimativa de boa fé preparada para um negócio imobiliário é normalmente muito detalhada. Junto com o preço de compra, o documento também listará os custos de fechamento e cada encargo ou taxa associada ao acúmulo de juros sobre o empréstimo. Cobranças por inspeções, preparação de documentos, impostos e garantia de seguro de título são apenas alguns dos itens de linha normalmente encontrados em qualquer estimativa de hipoteca de boa fé.
A estimativa detalhada também discriminará o cronograma de pagamento de cada uma dessas taxas. Isso inclui indicar quais taxas são devidas no momento do fechamento e quais taxas estão incluídas no financiamento geral da hipoteca. Fornecer esse nível de detalhe não só dá ao mutuário uma boa ideia do que deve ser pago quando, mas também os custos totais projetados para adquirir o imóvel com financiamento.
Em muitas jurisdições que exigem a preparação de uma estimativa de boa fé para uma transação imobiliária, existe um prazo mínimo em que o credor deve fornecer ao comprador um documento preenchido. Freqüentemente, a estimativa de boa fé deve estar nas mãos do comprador no máximo três dias úteis após o recebimento do pedido formal de empréstimo e o início do processamento. No entanto, existem algumas áreas em que o credor pode ter até uma semana para preparar e entregar o documento preenchido.
É importante observar que, embora o credor exerça a devida diligência na preparação de estimativas de custos de boa-fé, sempre há a possibilidade de que os custos finais de fechamento sejam diferentes. Isso ocorre porque alguns fatores, como impostos, não estão sob o controle direto do credor. Caso mudanças nas alíquotas de impostos ocorram repentinamente, o credor não terá escolha a não ser ajustar os impostos devidos para refletir os novos procedimentos fiscais ou leis. Por esse motivo, os compradores devem sempre lembrar que mesmo os custos de estimativas de boa-fé bem pesquisados e elaborados ainda são apenas uma estimativa, não uma tabela definitiva de encargos e taxas.
Junto com o setor imobiliário, outras profissões às vezes fazem uso de formas mais informais de estimativa de boa-fé. Não é incomum que uma estimativa preparada de boa fé seja usada para estimar os custos de reparo de automóveis, taxas de entrega, novas construções ou reparos de algum tipo. Tal como acontece com o modelo imobiliário, uma estimativa de boa fé preparada por qualquer fornecedor ou prestador de serviços deve ser vista como uma aproximação, não como um número definitivo.