A neuropsiquiatria clínica considera os transtornos mentais do ponto de vista neurológico. Como tal, as anormalidades no sistema nervoso e no cérebro em particular são o ponto focal. Os focos da neuropsiquiatria incluem danos à estrutura cerebral e deficiências de neurotransmissores. Máquinas de escaneamento do cérebro e tratamentos farmacêuticos são comuns neste campo.
Historicamente, a neurologia e a psiquiatria surgiram de um desejo comum de estudar o cérebro e seus efeitos no comportamento humano. Dessa origem comum, as duas disciplinas primeiro convergiram em treinamento comum e depois divergiram quando suas áreas de concentração começaram a se separar. A neurologia passou a representar incursões no cérebro físico e suas complicadas vias de células nervosas e reações químicas. A psicologia mudou seu foco para os produtos do cérebro: o comportamento humano e os sistemas de pensamentos, memórias e crenças que compõem a mente. À medida que a psiquiatria se tornou uma ciência mais reconhecida, o interesse pelo funcionamento do cérebro e do sistema nervoso foi renovado por meio da neuropsiquiatria clínica.
O cérebro consiste em muitas pequenas células neurais que se unem, interagem e se comunicam de várias maneiras. Cada vez mais, os cientistas têm reconhecido o papel dessas redes complexas na criação e solidificação do comportamento humano. Muitos psicólogos, portanto, recorreram à neurologia para explicar a mente humana. A neuropsiquiatria clínica existe ao lado de outros campos teóricos, como o behaviorismo, a psicanálise e a cognição. Essas abordagens mais tradicionais da psicologia tendem a enfatizar fatores como experiências passadas, influências socioculturais e sistemas de pensamento.
A psiquiatria é especificamente a parte médica da psicologia que lida com os transtornos mentais. Como tal, a neuropsiquiatria busca respostas sobre a disfunção psiquiátrica do cérebro e seus componentes físicos. Por exemplo, a neurologia comportamental investiga o impacto de doenças cerebrais ou lesões cerebrais no funcionamento neural e no comportamento subsequente.
A neuropsiquiatria clínica implica um componente clínico que vai além do mero estudo e pesquisa. Os indivíduos nesta disciplina buscam não apenas a compreensão da disfunção mental, mas também soluções práticas para o diagnóstico e tratamento desses transtornos. Máquinas de diagnóstico que mapeiam a atividade das ondas cerebrais e reações químicas neurológicas foram desenvolvidas e usadas em grande parte para neuropsiquiatria clínica. Esses avanços tecnológicos incluem o seguinte: ressonância magnética (MRI), imagem eletroencefalográfica (EEG), tomografia computadorizada (TC) e tomografia por emissão de pósitrons (PET). Além disso, esses profissionais estudam a neuroquímica para encontrar produtos farmacêuticos que possam corrigir os desequilíbrios químicos.
A genética também é um importante ponto focal de muitos estudos de neuropsiquiatria. Acredita-se que muitos distúrbios possuam pelo menos uma origem genética parcial. Transtornos como esquizofrenia ou narcolepsia podem ser parcialmente causados por vias neurais anormais ou níveis químicos cerebrais presentes desde o nascimento. A eficácia dos produtos farmacêuticos que corrigem problemas, como ações anormais de neurotransmissores, apóia essa suposição. Além disso, as varreduras do cérebro de indivíduos diagnosticados com transtornos mentais indicam rotineiramente uma estrutura cerebral anormal ou subatividade e hiperatividade em diferentes regiões do cérebro.