A Síndrome da Guerra do Golfo é uma condição médica de causas desconhecidas, caracterizada por sintomas semelhantes estatisticamente improváveis que aparecem principalmente em veteranos da Primeira Guerra do Golfo e, às vezes, em suas famílias também. Inúmeras teorias para as causas da Síndrome da Guerra do Golfo foram postuladas, e a condição foi amplamente estudada pelo governo dos Estados Unidos, bem como por outras nações. A síndrome também é polêmica, pois algumas autoridades acreditam que ela não exista. Soldados americanos e britânicos implantados ativamente parecem sofrer mais amplamente com a Síndrome da Guerra do Golfo, embora outras tropas aliadas também tenham relatado sintomas.
Os sintomas da Síndrome da Guerra do Golfo são inúmeros e nem sempre aparecem juntos. Os veteranos relataram fadiga, dores nas articulações, náuseas, dores de cabeça, erupções cutâneas inexplicáveis, distúrbios respiratórios, disfunção sexual, tonturas e síndromes do sistema nervoso. Várias condições específicas, incluindo câncer no cérebro, fibromialgia e doença de Lou Gehrig, também foram associadas especificamente ao serviço na Guerra do Golfo. A ampla gama de sintomas torna a Síndrome da Guerra do Golfo muito difícil de classificar e diagnosticar com precisão.
O estresse pós-traumático também costuma acompanhar a Síndrome da Guerra do Golfo, e algumas autoridades argumentaram que a síndrome é induzida por estresse. Também pode estar relacionado à exposição a pesticidas, queima de óleo, drogas profiláticas, vacinas, urânio empobrecido e exposição a produtos químicos. Todas essas substâncias estavam comprovadamente presentes durante a Guerra do Golfo. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha usaram drogas profiláticas e pesticidas extensivamente durante o conflito, explicando por que a síndrome tem uma incidência maior entre os soldados dessas nações. Outros teóricos sugerem que a síndrome pode estar relacionada a bactérias, doenças endêmicas do Oriente Médio ou armas químicas e biológicas armazenadas no Iraque.
Os Estados Unidos sozinhos enviaram 697,000 homens e mulheres para o Oriente Médio durante a Primeira Guerra do Golfo. Até um em cada 10 desses indivíduos relataram sintomas em meados da década de 1990. Alguns dos sintomas também se espalharam para as famílias desses soldados, muitos dos quais trouxeram lembranças do Iraque que podem estar contaminadas, além de seus equipamentos sujos.
A controvérsia sobre a causa da Síndrome da Guerra do Golfo gerou um debate público nos Estados Unidos e também em outras nações. Alguns veteranos acham que foram maltratados pela Administração dos Veteranos, que muitas vezes nega benefícios aos soldados, argumentando que a causa de seus sintomas pode não ter sido seu serviço. Entre a comunidade civil, a Síndrome da Guerra do Golfo também está sob escrutínio, especialmente depois de reportagens de revistas importantes como a Time sobre o assunto. Os veteranos da guerra do Iraque de 2003 também começaram a relatar sintomas semelhantes, trazendo um novo escrutínio à Síndrome da Guerra do Golfo, junto com uma tentativa de identificar a causa e os possíveis tratamentos.