O pé caído é uma condição em que a dorsiflexão normal, a flexão do tornozelo e dos dedos dos pés para cima, não é possível, levando a uma marcha forçada característica chamada marcha em steppage. Ele é tratado abordando a condição subjacente. Como esse problema pode resultar de uma variedade de condições, incluindo distúrbios do sistema nervoso ou muscular, lesões e efeitos colaterais farmacêuticos, qualquer um de uma variedade de tratamentos pode ser indicado.
Se o pé caído for o resultado de uma lesão no sistema nervoso, como um disco deslizado colidindo com o nervo que leva ao pé, a correção da lesão por meio de cirurgia aliviará o problema. Se for decorrente de lesão dos dosiflexores, músculos responsáveis pela elevação do pé, também pode ser reparado por meio de cirurgia.
A cirurgia de transferência de tendão também costuma ser útil para corrigir a condição. Alguns medicamentos, principalmente o quimioterápico vincristina, apresentam o risco de neuropatia periférica como efeito colateral, levando a doenças que incluem pé caído. Nesses casos, pode ser necessário interromper ou diminuir a dosagem do medicamento.
Outras vezes, porém, a queda do pé é o sintoma de uma condição intratável. Algumas doenças associadas a ela são doença de Lou Gehrig ou esclerose lateral amiotrófica (ELA), esclerose múltipla (EM), doença de Charcot-Marie-Tooth e distrofia muscular de Duchenne. Um paciente que sofre de uma dessas condições deve normalmente usar uma combinação de órteses e exercícios para resolver o problema do pé.
Quem sofre de queda do pé geralmente recebe uma órtese de tornozelo (AFO), que fornece suporte para o pé e tornozelo. A órtese pode ser instalada em sapatos ou usada separadamente. Um tratamento relativamente novo para o pé caído envolve o uso de eletricidade para estimular o nervo fibular, que é responsável por levantar o pé durante a caminhada. Este tratamento é comumente usado em conjunto com um AFO. A fisioterapia também pode ajudar a fortalecer os dorsiflexores do paciente e melhorar sua marcha.