Arecoline é um composto químico encontrado naturalmente nas nozes da Areca catechu ou palmeira areca. As nozes dessas palmas têm sido processadas e usadas historicamente para extrair a arecolina, pois o composto tem propriedades estimulantes semelhantes à nicotina. Existem também outros usos médicos potenciais para este composto, e várias empresas farmacêuticas investiram no estudo da estrutura química do composto para aprender mais sobre como ele funciona e determinar se pode ser aplicado ao tratamento médico.
Em algumas regiões da Ásia, a arecolina é ingerida como estimulante mastigando nozes de areca. Essas nozes podem ser misturadas com bétele, outro estimulante, em chumaços feitos para mastigar. Pessoas em muitas classes sociais diferentes usam esses estimulantes enquanto trabalham ou se engajam em outras atividades nas quais desejam mais energia, e os chumaços de mascar podem ser aromatizados com especiarias para refrescar o hálito. O sistema nervoso central interage com esse composto químico, confundindo-o com um neurotransmissor e fazendo com que o usuário se sinta energizado e alerta.
Do ponto de vista médico, a arecolina é um anti-helmíntico conhecido, um medicamento que pode ser usado para tratar vermes. Quando o composto entra no trato digestivo, ele mata os vermes e permite que o paciente os exprima do corpo. A nicotina tem propriedades semelhantes e, em algumas regiões, também é usada como remédio popular para o tratamento de vermes em pessoas ou animais. Outros medicamentos anti-helmínticos estão disponíveis como alternativas sem efeito estimulante. Esses medicamentos também são mais confiáveis em termos de dosagem e podem ser mais seguros de usar.
Estudos sugeriram que este composto também pode ser útil no tratamento de certos tipos de deficiências cognitivas. Pessoas com doença de Alzheimer e algumas outras condições neurológicas apresentam melhora da cognição após tomar arecoline, uma resposta comum a estimulantes. Os medicamentos que usam este composto têm usos potenciais no gerenciamento e tratamento de doenças neurológicas degenerativas, ajudando os pacientes a reter a função cognitiva para que possam pensar com mais clareza e permanecer ativos e independentes.
Embora os compostos naturais geralmente não sejam patenteáveis de acordo com a lei, uma empresa farmacêutica pode desenvolver uma versão sintética desse composto ou patentear um método especial para processá-lo. Essas medidas são prováveis, pois o processo de pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos é muito caro e muitas empresas relutam em investir em tratamentos que não podem ser patenteados. Ter uma patente permite que uma empresa recupere os custos associados à pesquisa, desenvolvimento e testes farmacêuticos.