A guerra é o meio mais drástico de resolver conflitos entre duas ou mais nações; portanto, certas regras e códigos de conduta são colocados em prática para garantir que a guerra seja travada de forma justa e não levada a cabo. Coletivamente, todas as doutrinas filosóficas sobre como e por que a guerra é travada são conhecidas como teoria da guerra justa. A teoria vem da tradição da guerra justa, que se origina na guerra entre nações com ideias culturais semelhantes que concordam com um código de conduta mútuo. Três componentes principais constituem a teoria: jus ad bellum, para as causas da guerra; jus in bello, por conduta durante a guerra; e jus post bellum, para o rescaldo da guerra.
A primeira parte da teoria da guerra justa, jus ad bellum, determina as causas justificáveis para uma nação atuar como agressora em uma guerra. Essas razões incluem ter uma causa justa, recorrer à guerra como último recurso depois que todos os meios pacíficos de resolução de conflito falharam e possuir boas intenções. Em todos os casos, as ações tomadas devem ser proporcionais à causa. A justa causa para a guerra não inclui atos de vingança por ações anteriores. A única justificativa comumente aceita para a guerra é a defesa contra um ataque físico ou a expansão do território pela nação ofensora.
Em tempos de guerra, a política de jus in bello se aplica. Esta parte da teoria da guerra justa concentra-se em detalhes sobre códigos de conduta a serem observados durante o combate; normalmente, as duas áreas abrangidas são discriminação e proporcionalidade. Esses dois conceitos referem-se a quais partes são consideradas combatentes legítimos e quais ações podem ser tomadas em relação a eles. O Tribunal de Haia e as Convenções de Genebra constituem a maior parte da doutrina jus in bello nos tempos modernos. Exemplos da doutrina incluem as expectativas de que os civis não sejam alvos, que os combatentes devem ter a oportunidade de se renderem e que o uso de armas químicas ou biológicas é proibido.
Após o término da guerra, certas regras são aplicadas sob o jus post bellum. A teoria da guerra justa exige que as ações em relação às nações derrotadas após a guerra sejam proporcionais à extensão da guerra e não afetem a vida dos civis. Um exemplo de violação do jus post bellum é o Tratado de Versalhes após a Primeira Guerra Mundial, em que a Alemanha foi obrigada a pagar todas as indenizações pela guerra, apesar de ser apenas uma das partes envolvidas. O tratado fez com que a economia alemã despencasse, levando à ascensão de Hitler ao poder e à Segunda Guerra Mundial.