Quais fatores afetam a percepção da planta?

Os fatores que afetam a percepção da planta incluem luz, som, toque, umidade, temperatura e magnetismo. As plantas reconhecem e se adaptam às mudanças no ambiente no nível celular através de interações complexas de genes e receptores que identificam estímulos externos. O estudo da percepção das plantas ganhou interesse internacional para abordar o crescimento populacional e as mudanças climáticas que afetam a produção de alimentos.

Os cientistas descobriram que as células epidérmicas nas plantas percebem distúrbios no ar pelo som, luz e umidade. Essas células se comunicam em nível molecular por meio de genes que reagem de forma independente ou em conjunto para se adaptar e permitir a sobrevivência. Os pesquisadores isolaram com sucesso receptores específicos que regulam certos estímulos, mas o processo complicado não é totalmente compreendido.

A percepção da planta inclui sensores de luz para determinar o dia da noite e identificar os raios ultravioleta prejudiciais. Três receptores fotográficos trabalham juntos e se adaptam à luz ambiental em diferentes estágios de crescimento, incluindo germinação, floração e estágio inativo. As adaptações moleculares também produzem pigmentos para filtrar os raios ultravioletas, criando essencialmente um filtro solar natural.

A biocomunicação nas células vegetais promove a percepção das plantas quando insetos, bactérias ou fungos representam uma ameaça. Algumas plantas produzem uma toxina que mata as células infectadas para impedir a propagação de danos. Eles podem criar um odor que alerta as plantas próximas sobre a ameaça, permitindo que elas comecem a produzir toxinas. Um processo semelhante aumenta certos ácidos para afastar as plantas parasitas que invadem o meio ambiente.

A percepção da planta também desencadeia uma resposta ao toque, som e campos magnéticos. Um hormônio chamado ácido giberélico pode afetar as taxas de crescimento de plantas expostas a certos comprimentos de onda, frequências ou vibrações. As plantas também se adaptam ao vento, ficando mais fortes ou mais flexíveis. Em um estudo sobre magnetismo, as raízes das plantas cresceram em direção à fonte, enquanto as hastes cresceram na direção oposta.

Estudos sobre a percepção das plantas relacionadas à seca mostram que uma rede de genes interage para usar a água de forma mais eficiente quando a água é escassa. Um desses genes reduz a taxa de transpiração da água no ar através de folhas e caules. Esse mesmo processo pode permitir que as plantas resistam à salinidade na água e utilizem os nutrientes de maneira mais eficaz. Os pesquisadores acreditam que esses mecanismos de defesa reduzem o rendimento das culturas devido à energia necessária para produzir adaptações de curto prazo ou mudanças moleculares.

A percepção das plantas difere da senciência, a crença de que as plantas têm emoções capazes de registrar medo, prazer e dor. Esses conceitos se tornaram populares na década de 1960, quando o pesquisador americano Cleve Backster colocou dispositivos detectores de mentiras nas plantas da casa. Ele afirmou que a biocomunicação paranormal é possível entre plantas e humanos. Essa teoria não é reconhecida como cientificamente válida porque as plantas não possuem um sistema nervoso central e os resultados de Backster não puderam ser replicados.