O que é um Rondo?

O termo rondo geralmente se refere ao rondo clássico, que é uma forma de movimento dentro de uma obra musical maior. É caracterizada por uma seção principal que é usada para iniciar e terminar o movimento e é repetida alternadamente com uma ou mais seções contrastantes. Geralmente é ABABA, ABACA ou ABACABA.

O rondo teve suas raízes no rondeau francês do século XVII, praticado por Jean Baptiste Lully, François Couperin e Jean Philippe Rameau. Lully desenvolveu o rondeau nos gêneros de ópera e balé, enquanto Couperin focou nele o cravo. Rameau – que também se concentra nos trabalhos de cravo – padronizou o formulário, além de desenvolver uma versão ternária que é representada ABA CDC ABA.

No período clássico, o rondo passou a ser usado no segundo movimento ou final de uma composição maior, como uma sonata ou serenata. Nos concertos, era a escolha padrão de forma para o final. Uma variação que o combinou com aspectos da forma da sonata e passou a ser chamada sonata-rondo também apareceu durante esse período.

Depois de começar a usar o formulário na década de 1770, Franz Josef Haydn usou rondos em seus trios para piano, quartetos de cordas e sinfonias. Um exemplo é o “Gypsy Rondo” do Piano Trio de Haydn em G. Mozart usou um como o movimento final em sua serenata “Eine Kleine Nachtmusik”, além de vários concertos. Seu “Rondo Alla Turca” encerra sua Piano Sonata 11, e o rondo de Figaro, “Non più andrai”, encerra o Ato I da ópera Le Nozze di Figaro, O casamento de Figaro em inglês. Beethoven usa o sonata-rondo em obras tão abrangentes como sua Primeira Sinfonia, a Sonata para Piano em dó menor, Op. 13, “Pathetique” e “Rondo à Capriccio” op. 129 em Sol maior, “Raiva por um centavo perdido”.

O rondo também passou a ser usado como uma forma separada. Exemplos incluem o primeiro trabalho publicado de Frederic Chopin, seu Op. 1, Rondeau fantastique, de Franz Liszt, e Rondo capriccioso, de Felix Mendelssohn, para piano, op. 14)

Com o passar do tempo, o uso do rondo diminuiu. Ainda assim, ainda é possível encontrar exemplos no final do século XIX e do século XX, por exemplo, a Quinta Sinfonia de Gustav Mahler, os “Três Rondos em Folktunes” de Bela Bartók, o Concerto de Igor Stravinsky em D for Strings e Till Eulenspiegels lustige Streiche de Richard Strauss nach alter Schelmenweise, na forma Rondeau – denominada Merry Pranks de Till Eulenspiegel, após o Old Rogue’s Tale, ambientado em Rondo Form, em inglês.