O Pau d’arco é um extrato vegetal obtido da casca interna das árvores Tabebuia avellanedae ou Tabebuia impetignosa, também conhecidas como taheebo, que crescem na América do Sul e Central. Outros nomes são ipes, ipê roxo, lapacho, tahuari e arbusto de trombeta. Os praticantes da medicina alternativa afirmam que o pau d’arco tem propriedades curativas antivirais e antibióticas e pode combater o câncer.
Pau d’arco está crescendo em popularidade nos Estados Unidos e na Europa como um tratamento para muitas doenças e enfermidades. O extrato pode ser obtido de várias empresas e é vendido como pó, comprimido, cápsula, tintura ou chá em muitas lojas de produtos naturais e na Internet.
Acredita-se que os povos indígenas da América Central e do Sul tenham usado o chá taheebo por milhares de anos para tratar dezenas de doenças e enfermidades. Poultices da casca são usados para tratar infecções e feridas da pele. Resultados de estudos informais em hospitais brasileiros na década de 1960 afirmaram que pacientes com câncer que bebiam chá de taheebo estavam completamente curados. As alegações estimularam o interesse no extrato de ervas e estudos mais formais foram realizados na década seguinte.
O extrato de ervas contém lapachol, beta-lapachone e 20 outros ingredientes ativos possíveis que podem ter vários benefícios à saúde. A maioria dos estudos enfocou o lapachol e a beta-lapachona como possivelmente eficazes contra tumores cancerígenos. Vários estudos demonstraram atividade antitumoral em tipos específicos de tumores cancerígenos.
O Pau d’arco pode ter efeitos tóxicos em altas doses. Em um estudo envolvendo pacientes com câncer, 1,500 mg de lapachol por dia causou náuseas, vômitos, anemia e aumento do risco de sangramento. Muitos estudos foram encerrados devido à gravidade dos efeitos colaterais. É possível que o pau d’arco não seja tolerado em doses altas o suficiente para trazer benefícios.
Muitos herbalistas afirmam que as reações tóxicas que são comuns quando o ingrediente ativo é extraído não estão presentes quando a casca inteira é usada. Os pesquisadores pararam de estudar a substância em 1974 devido à toxicidade. Em 1984, o Canadá proibiu o uso de pao d’arco.
Apesar da polêmica, a demanda por produtos de pau d’arco continua crescendo. A fabricação do pau d’arco não é regulamentada e há relatos de fabricantes de má reputação que distribuem produtos que não contêm os ingredientes ativos que tornam a substância eficaz. Existem cerca de 100 variedades de árvores de Tabebuia, com nomes semelhantes, mas sem os ingredientes ativos encontrados em Tabebuia avellanedae e Tabebuia impetignosa. Nos Estados Unidos, a substância é vendida como um suplemento de ervas, o que significa que não precisa passar pela aprovação do FDA para suas alegações de saúde.