A enterocolite pseudomembranosa é uma infecção bacteriana no revestimento do cólon, comumente causada por uma ruptura na flora normal do intestino. Está ligada ao uso de antibióticos e normalmente ocorre em hospitais, onde se espalha entre os pacientes. A enterocolite pseudomembranosa inflama o intestino e leva à formação de placa amarelada, causando diarreia aquosa, fedorenta, febre e cólicas abdominais. Se não for tratada, esta infecção pode levar à perfuração do cólon.
Pacientes com enterocolite pseudomembranosa freqüentemente ficam gravemente desidratados porque perdem muito líquido com a diarreia. Os eletrólitos também podem ficar desequilibrados, causando choque. Em casos graves, a febre pode atingir níveis perigosamente altos e o abdômen pode se tornar bastante firme, doendo quando a pressão é aplicada. Os médicos geralmente pedem líquidos intravenosos para reidratar o corpo em casos graves. Pessoas com crises leves podem notar fezes amolecidas por vários dias e alguns outros sintomas.
A enterocolite pseudomembranosa está ligada ao Clostridium difficile, uma bactéria formadora de esporos que floresce quando as condições normais do cólon mudam. O uso de antibióticos pode destruir bactérias saudáveis que regulam a produção de Clostridium difficile. Esta bactéria produz toxinas que se fixam nas membranas mucosas do intestino. Em casos crônicos, as toxinas podem invadir o tecido intestinal e causar a morte.
Pacientes em hospitais enfrentam um risco aumentado para o transtorno, especialmente aqueles em unidades de terapia intensiva e idosos. Pacientes que precisam de cirurgia abdominal, incluindo parto cesáreo, tornam-se mais suscetíveis à infecção. Pacientes com câncer também enfrentam riscos de enterocolite pseudomembranosa porque o tratamento quimioterápico pode prejudicar a capacidade de seus corpos de combater infecções. Os esporos do Clostridium difficile sobrevivem em objetos durante meses e podem ser transmitidos aos pacientes por profissionais de saúde que não lavam as mãos.
O tratamento para a doença geralmente requer a mudança para um antibiótico diferente e a prescrição de um medicamento antimicrobiano. O uso de medicamentos antidiarreicos não é recomendado porque podem prolongar o distúrbio e causar danos ao cólon. Em casos extremos, a cirurgia para ressecção do intestino infectado pode ser necessária para salvar a vida do paciente. Se houver perigo de perfuração do cólon, a colostomia é uma opção de tratamento.
As estratégias de prevenção incluem o uso limitado de antibióticos para evitar a destruição de bactérias saudáveis no cólon. Os funcionários do hospital que lavam as mãos com frequência e usam luvas ao examinar os pacientes podem prevenir a propagação da doença, especialmente após o contato com secreções corporais. Alguns hospitais isolam pacientes com enterocolite pseudomembranosa daqueles suscetíveis à infecção. Objetos e instrumentos que contêm esporos infecciosos devem ser esterilizados após o uso.