A carga alostática é o custo físico e emocional de lidar com circunstâncias estressantes por longos períodos de tempo. Às vezes, esse termo é definido como sinônimo de estresse, mas é realmente a natureza da resposta do corpo ao estresse e como ele é transportado e processado que determina a carga. Argumenta-se que cargas mais pesadas correm o risco de desenvolver doenças crônicas. Além disso, não apenas as respostas bio ou neuroquímicas, mas também o comportamento inútil, as experiências difíceis da infância e a presença de ansiedade ou transtornos do humor aumentam essa carga de estresse crônico. Existem algumas maneiras sugeridas para medir o peso de uma carga alostática e para reduzir seu impacto.
Os indivíduos lidam com o estresse de maneiras diferentes, mas os períodos de alto estresse estão ligados à produção de substâncias químicas como cortisol e catecolaminas, como adrenalina, norepinefrina e dopamina. No curto prazo, quantidades maiores desses produtos químicos ajudam as pessoas a lidar com o estresse. Por outro lado, o estresse crônico pode levar à superprodução desses produtos químicos e a mecanismos defeituosos para desligar a resposta química. Às vezes, o corpo também produz cortisol e catecolaminas em situações que normalmente não seriam percebidas como estressantes.
Essas respostas adicionais deixam de ser úteis e, em vez disso, tornam-se cada vez mais fisicamente prejudiciais. Eles começam a causar risco elevado de doenças cardíacas, hipertensão e colesterol alto. Além disso, uma carga alostática cronicamente alta significa que as pessoas são mais propensas a escolher comportamentos de enfrentamento que aumentam o risco de doenças, como fumar, beber e usar drogas. Como alternativa, as pessoas podem deixar de se exercitar ou comer demais.
Nem todas as pessoas lidam com o estresse da mesma maneira, e algumas parecem ser capazes de lidar com muito mais estresse enquanto ainda fazem boas escolhas e cuidam de si mesmas. Uma carga alostática nesses pacientes pode ser menor. Em contraste, certos indivíduos pareciam preparados para carregar uma carga mais pesada. Níveis mais altos de resposta ao estresse costumam ocorrer em pessoas que foram abusadas e negligenciadas quando crianças e em pessoas com transtornos de humor e ansiedade. Esses cenários se traduzem em um risco elevado de doenças crônicas graves.
Existem maneiras de medir uma carga alostática. Alguns médicos sugerem o uso de escalas de estresse, mas isso pode não ser particularmente eficaz. Uma escala pode classificar a experiência atual de estresse de uma pessoa, mas não fala sobre a maneira como ela o processa ao longo do tempo. Medidas melhores avaliam os níveis de catecolaminas e cortisol e podem até testar condições como obesidade, hipertensão, níveis elevados de colesterol e doenças cardíacas.
Além disso, o atendimento psicoterapêutico determina que tipos de comportamento uma pessoa desenvolveu para lidar com o alto estresse. Um histórico completo do cliente pode avaliar a frequência com que os clientes se percebem sob estresse. A psicoterapia também diagnostica transtornos psiquiátricos e pode identificar experiências negativas na infância que podem corresponder a uma carga alostática mais alta. Além disso, o trabalho terapêutico nas áreas de redução e controle do estresse pode alterar os mecanismos fisiológicos de enfrentamento ao longo do tempo, reduzindo assim o risco de desenvolver certas doenças crônicas.