O termo bebês projetados é usado para descrever como as tecnologias genéticas podem ser usadas para escolher o sexo, a cor dos olhos, a cor do cabelo e outras características de uma criança. Também chamada de engenharia genética, projetar um bebê abre muitas possibilidades, bem como dilemas éticos. É um tópico controverso e as tecnologias por trás do design de bebês têm o potencial de alterar a raça humana.
O DNA contém o projeto das características individuais de um organismo. Os segmentos de DNA que controlam certas características são chamados de genes. Usando certos tipos de enzimas, os cientistas conseguiram cortar genes específicos e usá-los para criar fitas personalizadas de DNA. Essas fitas podem então ser inseridas em um embrião para alterar a genética do organismo.
Os rápidos avanços no conhecimento do DNA humano e na capacidade de modificá-lo levaram à possibilidade de criar bebês projetados. Atualmente, tipos básicos de triagem e alteração genética são possíveis. Os médicos de fertilidade já podem usar a triagem genética e fertilização in vitro (FIV) para selecionar embriões fertilizados de acordo com o sexo. Eles também podem verificar genes para certas anormalidades ou potenciais doenças hereditárias futuras, como diabetes ou câncer. Em alguns casos, os médicos podem usar a fertilização in vitro e a modificação genética para criar bebês projetados usando apenas genes normais e saudáveis.
Embora o potencial para usar a engenharia genética para o bem da raça humana seja uma perspectiva excitante, a tecnologia também tem muitas desvantagens, de acordo com os críticos. Os oponentes do uso de alterações genéticas para criar bebês projetados dizem que isso poderia produzir uma raça de super crianças, mas apenas para pessoas que podem pagar os procedimentos necessários. Isso pode aumentar as desigualdades sociais. Além disso, as modificações feitas no DNA de bebês projetados alteram permanentemente a genética da criança, e essas mudanças são passadas para as gerações futuras. Com o tempo, isso pode mudar irreversivelmente a espécie humana.
A maioria dos oponentes da modificação genética não está muito preocupada com a capacidade de escolher o sexo ou a cor dos olhos de um bebê, mas teme que isso leve a mais e mais interferência genética. Muitos grupos religiosos se opõem à tecnologia, afirmando que as pessoas devem aceitar os filhos que Deus lhes dá. Alguns países proibiram o uso de alterações genéticas em humanos. Outros estão tentando criar leis que permitam certos tipos de triagem e modificações genéticas relacionadas à prevenção de doenças, ao mesmo tempo em que tornam ilegais outros tipos de interferência genética.