O radioimunoensaio, frequentemente conhecido simplesmente como RIA nos círculos médicos, é um método ou técnica laboratorial que mede, com relativa precisão, concentrações mínimas de hormônios e outros antígenos no corpo humano. É amplamente utilizado em várias telas de detecção, desde a busca pela presença de drogas, como narcóticos, até exames para identificar certas doenças ou marcadores de alergia. A maneira exata em que funciona é um tanto complexa e envolve marcar ou rotular antígenos conhecidos com isótopos radioativos para que possam ser rapidamente identificados quando comparados com uma amostra. Por outro lado, realizar o teste de fato é geralmente um tanto simples e normalmente não é tão caro quanto muitos outros procedimentos envolvidos. No entanto, exige o uso de equipamentos muito sensíveis, e a maioria dos hospitais e laboratórios exige que os operadores tenham treinamento especializado e, às vezes, até licença para executar os testes. O procedimento às vezes é visto como algo datado e foi substituído em alguns lugares por técnicas mais rápidas que não envolvem o uso de partículas radioativas. Essas partículas podem representar riscos à saúde e à segurança quando não manuseadas de maneira adequada.
Como funciona
De um modo geral, o radioimunoensaio é um processo químico que permite aos pesquisadores ver e identificar partículas individuais de grandes agrupamentos. O processo é complexo, mas geralmente não é difícil de executar. Primeiro, os técnicos de laboratório devem obter uma substância que contenha o antígeno para o qual estão testando. Este antígeno é então injetado com produtos químicos radioativos, como um isótopo radioativo gama feito de iodo ou alguma outra substância. Os produtos químicos radioativos fazem com que o antígeno se torne radioativo, o que por sua vez permite que ele seja observado em certos ambientes e com certos equipamentos especializados.
O antígeno radioativo é então misturado com uma determinada quantidade de anticorpos que os cientistas determinaram como apropriados. Os antígenos e anticorpos ligam-se uns aos outros e tornam-se uma substância. Isso fornece a referência ou base para o teste. Então, uma substância desconhecida que contém uma pequena quantidade do antígeno é adicionada. Esta nova substância é a substância que está sendo testada.
Quando a nova substância, chamada de substância fria ou sem etiqueta é adicionada, os antígenos da nova substância tentam se juntar também aos anticorpos. Ao fazer isso, eles deslocam as substâncias radioativas que se juntaram a esses anticorpos. Como resultado, as substâncias radioativas se separam dos anticorpos. Os cientistas podem então medir a quantidade de agentes radioativos livres que se tornaram não ligados para criar uma curva de ligação. A curva de ligação mostra a quantidade de antígenos na substância desconhecida.
Descoberta e primeiros usos
O processo foi descoberto e aperfeiçoado na década de 1950 pelos médicos americanos Rosalyn Yalow e Solomon Berson. Foi usado pela primeira vez para ajudar os pesquisadores a identificar o volume sanguíneo, o metabolismo do iodo e os níveis de insulina. O radioimunoensaio expandiu sua viabilidade ao ser capaz de medir traços de substâncias usando técnicas de laboratório sensíveis. Drogas e hormônios são algumas das substâncias que a técnica pode medir hoje.
Aplicativos mais modernos
O radioimunoensaio é considerado o pioneiro em medições radioativas de medicina nuclear porque as substâncias radioativas geralmente aparecem com grande clareza e precisão. Os usos da técnica são muitos e incluem exames de bancos de sangue para hepatite, detecção de drogas, rastreamento de vírus, detecção precoce de leucemia e outros tipos de câncer e medição de hormônios de crescimento humanos. Eles também podem ajudar na detecção de muitos tipos de úlceras, como úlceras pépticas.
Embora o processo ainda seja usado em laboratórios ao redor do mundo, em muitos lugares ele foi substituído total ou parcialmente por métodos mais avançados que dependem menos de substâncias radioativas. Um dos mais notáveis deles é o ensaio imunoenzimático (ELISA), que utiliza um processo bioquímico e evita a necessidade de radioatividade.
Precauções especiais e licenciamento necessário
As substâncias radioativas podem ser seguras quando usadas corretamente, mas são bastante voláteis e precisam ser manuseadas com muito cuidado. Os trabalhadores do laboratório que fazem isso e os procedimentos relacionados geralmente precisam usar roupas de proteção especiais ao trabalhar com as partículas e, normalmente, também precisam usar máquinas e equipamentos especializados. Essas coisas podem aumentar o custo líquido, tanto do procedimento quanto de operação do laboratório; algumas jurisdições também exigem que os técnicos passem por treinamento especial para o manuseio de materiais radioativos. Licenças e certificações também podem ser necessárias.