A síndrome de acumulação é geralmente definida como um transtorno compulsivo. Normalmente consiste em dois tipos de comportamento: a coleta obsessiva de itens e a incapacidade de descartar qualquer coisa, mesmo se um objeto estiver quebrado, perigoso ou inútil. O entesouramento compulsivo é geralmente considerado mais sério do que apenas ter alguma desordem ou ser desorganizado, pois tem várias consequências negativas. Os acumuladores geralmente sofrem danos à saúde mental e ao bem-estar físico. A acumulação obsessiva também pode ser difícil para amigos e familiares confrontarem. Existem, no entanto, várias opções disponíveis para as pessoas que desejam parar de acumular.
Embora a síndrome de acumulação seja tipicamente classificada como um transtorno de ansiedade, há desacordo na comunidade médica sobre se é um sintoma de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou se deve ser identificado como uma condição mental distinta. Como os colecionadores tendem a ser indivíduos secretos e muitas vezes vivem sozinhos, é difícil estimar quantas pessoas realmente sofrem com o transtorno. Nos Estados Unidos, os profissionais de saúde mental estimam que até dois milhões de pessoas podem sofrer de síndrome de acumulação.
Pessoas com síndrome de acumulação podem salvar uma variedade de itens. Os exemplos podem incluir itens colecionáveis, livros, alimentos, animais ou qualquer tipo de item que lhes dê conforto ou tenha algum significado. Os objetos geralmente têm algum significado histórico ou sentimental, ou podem ser coisas que o colecionador acredita que serão valiosas ou úteis para eles no futuro.
A maioria dos colecionadores compulsivos é incapaz de tomar decisões, muitas vezes levando à incapacidade de funcionar normalmente em suas próprias casas. Outras características comuns de alguém com transtorno de acumulação incluem evitação, procrastinação e perfeccionismo. Muitos especialistas em saúde mental acreditam, por exemplo, que alguém que sofre de síndrome de acumulação quer que tudo seja feito de uma determinada maneira. Como resultado, ele ou ela pode não querer iniciar uma tarefa se ela não for concluída com perfeição.
A síndrome de acumulação às vezes pode ser hereditária. Certos eventos traumáticos, depressão e até mesmo o envelhecimento também podem desencadeá-lo. Alguns exemplos comuns de danos psicológicos que o distúrbio pode causar incluem culpa, frustração e solidão. Os colecionadores muitas vezes alienam seus familiares e amigos, contribuindo ainda mais para sua sensação de isolamento. Os relacionamentos geralmente são prejudicados, especialmente porque as pessoas não podem convidar outras por vergonha.
Com o tempo, muitos colecionadores acabam vivendo em uma casa infestada de parasitas ou mofo. Essas condições fisicamente perigosas podem levar a problemas respiratórios ou alergias, por exemplo. Também existe o risco de ferimentos por escorregamento ou por queda de objetos. Algumas pessoas mantêm alimentos vencidos em suas casas ou acumulam itens de forma que eles se tornem um risco de incêndio.
A acumulação compulsiva também pode ter consequências financeiras e jurídicas. Os danos causados pelo acúmulo de lixo podem levar a reparos domésticos caros, por exemplo. Em muitos casos, porém, os colecionadores não conseguem providenciar esses reparos porque a desordem impede que os trabalhadores entrem na casa. Muitas vezes, as pessoas também enfrentam problemas legais, como quando uma cidade ameaça despejar alguém de sua casa insegura.
Existem várias opções de tratamento para pessoas com síndrome de acumulação. Alguns exemplos de remédios psicológicos podem incluir terapia cognitivo-comportamental, medicamentos ou hipnose. Além de abordar as questões de saúde mental, muitas pessoas também consultam um organizador profissional para ajudar com a desordem.