Os estudos de mistura são usados para determinar a causa da coagulação lenta em um paciente que não está tomando anticoagulantes ou outros medicamentos que podem interferir nos processos de coagulação. Uma amostra do sangue do paciente pode ser testada em um laboratório para determinar se o problema é uma deficiência de um fator de coagulação ou um inibidor de coagulação que dificulta o funcionamento adequado dos fatores. Os resultados podem fornecer mais informações sobre como proceder com o teste de diagnóstico e eventual tratamento do problema. Os provedores de serviços médicos podem recomendar estudos mistos para pacientes que apresentam sangramento inexplicável recorrente, coagulação lenta e problemas relacionados.
Nesse teste, o técnico separa o plasma sanguíneo e garante que ele seja muito bem processado para que seja o mais puro possível. O plasma do paciente é misturado a uma amostra de plasma saudável com uma concentração conhecida de fatores de coagulação e monitorado. Os técnicos medem o tempo de protrombina (PT) ou o tempo de tromboplastina parcial (PTT) ou ambos durante os estudos de mistura, observando quanto tempo leva para a mistura processada coagular.
Se a amostra coagular normalmente, isso indica que o paciente tem deficiência de fator de coagulação. O plasma do doador fornece fatores de coagulação suficientes para estudos de mistura para ajudar a coagulação do sangue como faria em condições normais. Testes adicionais podem determinar precisamente quais componentes do sangue estão envolvidos. Essas informações podem ajudar os médicos a chegar a um diagnóstico e determinar como tratar o paciente.
Uma falha na coagulação normalmente significa que o plasma do paciente contém inibidores que atuam contra os fatores de coagulação para prevenir a coagulação. Uma nota de cautela é necessária ao verificar a existência de inibidores em estudos de mistura, já que às vezes uma amostra parece coagular normalmente, mas fica mais lenta mais tarde. Isso ocorre quando leva tempo para os inibidores serem totalmente ativados. Os técnicos verificarão novamente uma amostra que parece estar se comportando normalmente para confirmar que está seguindo a cascata de coagulação, indicando um problema com um fator de coagulação em vez de um inibidor. Se o comportamento de coagulação mudar, isso é resultado de um inibidor.
Em alguns casos, podem ocorrer resultados falsos de teste e os pacientes podem precisar enviar uma segunda amostra para permitir que um laboratório verifique novamente suas descobertas, especialmente se forem inesperadas. As amostras também podem ser avaliadas para procurar inibidores e fatores de coagulação mais específicos, uma vez que a causa do distúrbio hemorrágico do paciente é mais aparente. Os testes avançados podem ser mais caros, uma das razões pelas quais os médicos relutam em recomendá-los até que pareça justificado.