Asplenia significa ausência de baço ou função esplênica. Essa condição pode ser congênita ou ocorrer no nascimento, ou pode acontecer mais tarde na vida se o funcionamento do baço de alguma forma falhar ou se o baço precisar ser removido. O desafio dessa situação em qualquer momento da vida é que ela torna as pessoas muito mais vulneráveis à infecção. Para lidar com isso, antibióticos preventivos são geralmente necessários e devem ser tomados diariamente. O protocolo especial também pode existir se a pessoa com asplenia for exposta a doenças graves ou precisar de cirurgia.
A asplenia congênita geralmente está presente com defeitos cardíacos. Embora rara, uma condição chamada heterotaxia é uma das principais causas. A heterotaxia é posteriormente separada em isomerismo atrial direito e esquerdo. No isomerismo atrial esquerdo, o corpo pode ter muitos baços pequenos, que podem funcionar bem o suficiente para conferir alguma imunidade. A cirurgia geralmente ainda é necessária na primeira infância para reparar condições como orifícios entre os ventrículos (defeitos do septo ventricular) ou estreitamento da válvula pulmonar.
O isomerismo atrial direito é mais grave, com defeitos cardíacos mais significativos e asplenia completa. Os defeitos cardíacos associados a essa condição incluem canal atrioventricular, embora outros possam estar presentes. Com ambas as formas de heterotaxia, o coração deu voltas na direção errada durante a formação e está anormalmente posicionado. Outros órgãos também podem estar mal arranjados, além de o corpo não ter o baço ou ter muitos deles. Deve-se notar que a asplenia pode ocasionalmente ser congênita sem defeitos cardíacos.
Existem algumas razões pelas quais as pessoas podem adquirir asplenia. O mais óbvio é que o baço precisa ser removido em algum momento da vida, devido a acidente ou trauma, ou ocasionalmente devido a um tratamento escolhido para lidar com certas doenças do sangue, como a talassemia. Algumas doenças graves também podem destruir o baço e, embora possa estar presente, pode não funcionar mais adequadamente. Um exemplo disso é a anemia falciforme, que pode atingir o baço e basicamente causar sua morte.
Nem sempre é possível prever o grau em que a falta de baço por si só causa problemas. Em muitos casos, as pessoas se saem muito bem tomando antibióticos simples, como a amoxicilina, todos os dias. Geralmente é altamente recomendável que as pessoas com asplenia tomem vacinas, embora possa ser desaconselhável para elas usarem formas ativas de vacinas vivas. Os médicos também podem recomendar antibióticos adicionais para uso quando ocorrerem resfriados ou gripes, e pessoas com heterotaxia precisarão especialmente de profilaxia antibiótica antes do tratamento odontológico.
A principal preocupação ao tomar tantos antibióticos é que eles podem deixar de ser eficazes e as pessoas podem contrair infecções mais difíceis de tratar. Ao mesmo tempo que o principal tratamento da asplenia costuma ser antibióticos, ainda é importante usar os antibióticos com sabedoria. Pode-se dizer, porém, que muitas pessoas com essa condição têm vidas saudáveis e poucos limites em seu comportamento.