A Melissa officinalis tem uma longa história de uso na medicina, principalmente na Europa, onde tem sido usada desde a Idade Média como tratamento para estresse, ansiedade, insônia, indigestão, cólicas e depressão. Acredita-se que o médico grego Teofrasto tenha se referido a esta planta quando se referiu às propriedades curativas de uma planta traduzida como “folha de mel”. Embora raramente usada ou pesquisada isoladamente, a erva de cheiro agradável é freqüentemente combinada com outras ervas sedativas e redutoras de ansiedade, como valeriana, lúpulo ou camomila. Pesquisadores contemporâneos concentraram sua atenção nas propriedades nootrópicas – ou de aprimoramento cognitivo – da Melissa officinalis enquanto investigavam os tratamentos para a senilidade, bem como na atividade antiviral incomum da planta contra o vírus herpes simplex. A planta é rica em uma grande variedade de fitoquímicos, nenhum dos quais pode ser considerado responsável por todos os seus efeitos farmacológicos.
Algumas pesquisas se concentraram exclusivamente nos óleos essenciais da planta. Rico em óleos voláteis que fornecem à planta seu aroma agradável e o nome comum de “erva-cidreira”, muito de sua atividade analgésica, relaxante muscular e anti-séptica foi atribuída à presença do eugenol químico. Acredita-se que suas propriedades antivirais sejam o produto de alguns dos muitos terpeno e compostos terpenóides da planta, produzidos principalmente em estruturas semelhantes a cabelos, chamadas tricomas glandulares, que são encontrados nas folhas, flores e caule.
As extrações de óleo essencial de Melissa officinalis são distintas do extrato etanólico ou aquoso completo, embora não consigam capturar muitos de seus outros compostos ativos. Muitas das propriedades de melhoria do desempenho cognitivo da planta são suspeitas de serem produzidas pelo ácido rosmarínico antioxidante fenol, que é encontrado em níveis mais elevados no extrato da planta inteira. Este produto químico também pode ser responsável pela suposta ansiedade e atividade de alívio do estresse da erva por meio de sua inibição de uma enzima responsável pela degradação do ácido gama-aminobutírico – o neurotransmissor inibidor natural do cérebro.
Algumas pesquisas também sugeriram que Melissa officinalis pode ter atividade antitirotrópica. Isso pode ser útil no tratamento do hipertireoidismo ou da doença de Grave, por interferir na ação da glândula tireoide hiperativa. Outra pesquisa indicou que a planta pode aumentar os níveis séricos dos potentes antioxidantes glutationa peroxidase e superóxido dismutase. Mais pesquisas são necessárias, embora a partir de 2011, para substanciar essas descobertas.
Apesar desta ampla gama de aplicações médicas, acredita-se que a ação desta planta seja bastante suave. A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos classifica a Melissa officinalis como um aditivo alimentar geralmente seguro. O FDA, entretanto, não faz julgamentos sobre a segurança ou eficácia da planta ou de seus extratos no tratamento de qualquer condição médica.