A amitriptilina é um medicamento antidepressivo que faz parte da classe de medicamentos tricíclicos e pode tratar com eficácia transtornos de humor e enxaquecas em alguns pacientes. Como muitos medicamentos, tomar amitriptilina durante a gravidez pode apresentar certos riscos. A suspensão deste medicamento também pode resultar em risco, portanto, um médico ou profissional de saúde deve sempre ser consultado antes de tomar uma decisão sobre seu uso durante a gravidez.
Estudos demonstraram que tomar amitriptilina durante a gravidez pode causar danos ao feto, mas a maioria das agências governamentais não possui regulamentações específicas sobre seu uso durante a gravidez. Estudos em animais demonstraram que este medicamento aumenta a chance de malformações congênitas ou defeitos congênitos. Dependendo do estudo, várias dosagens afirmaram que essa droga tem oito a 33 vezes mais probabilidade de causar defeitos congênitos em recém-nascidos em comparação com um placebo. Os animais podem responder de forma diferente a alguns medicamentos dos humanos, no entanto.
Não foram realizados estudos formais sobre mães que tomaram amitriptilina na gravidez, mas ainda há algumas evidências que sugerem que pode acarretar riscos significativos. Evidências anedóticas relatam que defeitos congênitos, como membros perdidos, são possíveis em bebês cujas mães tomaram este medicamento durante a gravidez. Efeitos no cérebro, como atrasos no desenvolvimento e maturidade, também foram relatados ocasionalmente.
Outros estudos de caso sugeriram perigos de tomar amitriptilina na gravidez que não envolvem defeitos de nascença. Alguns relatórios afirmam que bebês recém-nascidos podem apresentar sintomas de abstinência após o nascimento. Esses efeitos são possíveis devido ao fato de o bebê se acostumar a certos níveis de amitriptilina ainda no útero. Não se sabe até que ponto a síndrome de abstinência pode levar a deficiência mental ou física de longo prazo.
Mesmo após o nascimento, o período de amamentação pode trazer certos perigos para as mães que tomam amitriptilina. Este medicamento pode passar para o leite materno, pelo menos em níveis baixos. Não existe nenhuma pesquisa sólida sobre os perigos da amitriptilina no leite materno, mas uma agência dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration, disse que seus efeitos podem ser potencialmente preocupantes.
Mulheres em idade fértil, especialmente aquelas que estão pensando em engravidar, devem consultar um médico ou profissional de saúde antes de tomar amitriptilina durante a gravidez. É importante que as pacientes pesem os riscos e benefícios desse uso durante a gravidez. Dependendo da situação, a medicação pode ser continuada, mas em dose menor. Como alternativa, pode ser recomendada a troca para um medicamento diferente durante a gravidez e o período de amamentação.