Qual é a diferença entre ARBs e inibidores ACE?

Os bloqueadores do receptor da angiotensina II (ARA) e os inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) diferem mais na maneira como afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA), que ajuda a controlar a pressão arterial. Outras pequenas diferenças entre os ARAs e os inibidores da ECA podem incluir uma diminuição do risco de certos efeitos colaterais, especialmente tosse persistente com os ARA. Alguns estudos sugeriram que mulheres que usam ARBs após um ataque cardíaco têm taxas de sobrevivência mais altas do que mulheres que usam inibidores da ECA. Na maioria das outras formas, essas duas classes de drogas são muito semelhantes.

Os ARBs e os inibidores da ECA afetam o sistema dos AAR de maneiras ligeiramente diferentes, ambos relacionados à angiotensina II. Esta é uma substância química poderosa que sinaliza a contração dos vasos sanguíneos e pode contribuir para a hipertensão. ARBs, como candesartan, losartan e irbesartan, impedem a angiotensina II de se conectar com receptores em pequenas artérias. Isso significa que os vasos sangüíneos não se estreitam e a pressão sangüínea é reduzida.

A ação dos inibidores da ECA é muito diferente, embora o efeito geral seja semelhante. Medicamentos como benzapril, enalapril e lisinopril evitam a conversão da angiotensina I em angiotensina II. A ausência desse produto químico significa que os vasos sanguíneos recebem poucas mensagens químicas para se contraírem e a pressão arterial se normaliza.

Outra diferença entre os dois pode ser o grau de experimentação de certos efeitos colaterais. Os pacientes que têm problemas para tolerar os inibidores da ECA geralmente mudam para um ARA. Isso se deve principalmente aos sintomas de tosse difícil que os inibidores da ECA comumente causam. Um ARB também pode ter esse efeito colateral, mas não com tanta frequência, e muitos pacientes se sentem mais confortáveis ​​se mudarem para um.

Além disso, pesquisas preliminares sugerem que os ARBs podem ser a melhor escolha para mulheres que sofreram um ataque cardíaco. Alguns estudos avaliaram as taxas de mortalidade em mulheres que tomam esses medicamentos após um ataque cardíaco. A evidência sugere que os ARBs parecem melhorar a expectativa de vida, mas apenas para as mulheres. É preciso haver mais estudos nesta área para confirmar esses resultados.

Apesar de algumas diferenças, os ARBs e os inibidores da ECA são semelhantes em muitos aspectos. Ambos são recomendados para regular a pressão alta, prolongar a sobrevida após um ataque cardíaco e retardar a progressão da insuficiência renal causada pelo diabetes. Os medicamentos dessas classes também podem proteger contra o AVC. Também é sugerido que esses medicamentos podem ajudar a prevenir o colesterol alto.
Essas drogas também têm efeitos colaterais comparáveis, incluindo dor de cabeça, tontura e tosse. As reações adversas adicionais incluem diarreia, erupção cutânea e alergia. Ambas as classes de medicamentos podem causar defeitos congênitos graves e podem interagir com os mesmos medicamentos, como o lítio.