A varíola e outras doenças mortais mataram mais soldados durante a Guerra Civil dos Estados Unidos do que balas de canhão, balas ou baionetas. Estima-se que havia apenas um médico para cada 324 soldados confederados e um para cada 133 soldados da União. Além disso, houve grave escassez de suprimentos médicos e péssimas condições sanitárias. Os surtos de varíola eram comuns em ambos os lados do conflito, e os soldados fizeram o que puderam para se proteger – incluindo a autoinoculação. Usando canivetes ou outros objetos pontiagudos, o soldado fazia um corte profundo no braço e tentava transmitir fluidos corporais de um camarada doente para o ferimento, com o objetivo de afastar a varíola. Não é de surpreender que essas tentativas rudimentares de vacinação às vezes resultassem em infecções graves ou na transmissão de outras doenças.
Uma batalha difícil contra a varíola:
Os soldados temiam mais pegar varíola do que temiam que as feridas infeccionassem. Mas as infecções resultantes incapacitaram milhares de soldados por semanas e às vezes meses.
A transmissão indiscriminada da linfa também introduziu doenças indesejáveis na corrente sanguínea, incluindo doenças venéreas. Os soldados muitas vezes confundiam uma pústula de sífilis com uma ferida de varíola bovina e acabavam se infectando.
A maioria dos historiadores concorda que cerca de dois terços dos homens que morreram na guerra foram abatidos por doenças.