A maconha medicinal é a maconha usada como parte de um tratamento médico contínuo. O conceito de maconha para uso medicinal é um tema muito debatido em muitas partes do mundo. Alguns acreditam que o uso limitado da maconha como meio de aliviar a dor, como no caso de um paciente com câncer terminal, é um uso adequado da droga. Outros tendem a acreditar que a planta não deve ser usada de nenhuma forma e promovem a proibição total de qualquer uso de maconha.
Entre aqueles que promovem a ideia da maconha medicinal, costuma-se observar que a planta da maconha não precisa ser fumada para se obter os benefícios. Várias partes da planta podem ser usadas para criar extratos que podem ser consumidos com alimentos ou adicionados a bebidas. Também é possível ingerir a planta usando cápsulas preparadas sob rígidas regulamentações de uma empresa farmacêutica reconhecida pelo governo. Essas opções, junto com os processos regulatórios rígidos que muitas vezes estão presentes em países que reconhecem o uso da maconha medicinal, limitam a chance de abuso ao mesmo tempo que proporcionam alívio aos doentes.
Os defensores da maconha medicinal também apontam para o fato de que o uso de cannabis medicinal tem menos efeitos colaterais do que alguns outros tipos de drogas usadas para controlar a dor. Também existe alguma controvérsia sobre o nível de dependência que a maconha pode desencadear, especialmente em comparação com outros tipos de analgésicos. Aqueles que apoiam as leis da maconha que tornariam legal para os médicos prescreverem cannabis como analgésico geralmente referem-se a pesquisas que indicam que a maconha tem menos probabilidade de causar dependência, embora ainda ofereça um excelente meio de aliviar a dor e o sofrimento.
Os detratores do uso da maconha medicinal provavelmente apontarão que, mesmo com a regulamentação mais rigorosa, há pouca chance de que a droga se limite apenas ao uso medicinal da maconha. Freqüentemente, eles apontam para o abuso generalizado de medicamentos prescritos que já existe hoje. Além disso, os detratores às vezes refutam a veracidade da pesquisa que indica que a maconha é menos viciante e fornece mais alívio do que outras opções.
Dependendo de quais estudos são citados, muitas alegações são feitas quanto à eficácia da maconha medicinal. Algumas pesquisas indicam que a droga pode ser eficaz no alívio da dor da artrite, no tratamento da depressão e da ansiedade e na correção de vários tipos de distúrbios de estresse. Diz-se que as mulheres se beneficiam com o uso dessa droga para ajudar a aliviar o desconforto dos enjôos matinais, bem como para minimizar a dor durante o ciclo menstrual. Como alguns desses estudos não são conduzidos em circunstâncias consideradas ideais para provar definitivamente essas alegações, vários profissionais médicos não aceitam as descobertas sobre os benefícios da maconha como sendo confiáveis.
Atualmente, há vários países ao redor do mundo onde a maconha medicinal é prescrita para a dor e um número limitado de problemas médicos, como náuseas, distúrbios nervosos e até mesmo glaucoma. Alemanha, Holanda e Canadá são exemplos de nações onde a maconha para uso medicinal é permitida. Existem também algumas áreas dos Estados Unidos onde a maconha medicinal foi usada no passado, embora a controvérsia continue crescendo em todo o país até mesmo sobre esse uso limitado.