Os diabéticos usam uma quantidade maior do aminoácido arginina, também conhecido como L-arginina, do que a maioria das pessoas. Uma das principais relações entre arginina e diabetes diz respeito à saúde vascular. As reações químicas envolvendo este aminoácido regulam o relaxamento vascular. A inibição do desenvolvimento da aterosclerose é outro papel que o aminoácido desempenha. Como os pacientes diabéticos costumam apresentar irregularidades vasculares, alguns médicos acreditam que a arginina ajuda a manter o tecido saudável.
A arginina deve estar presente para a conversão da óxido nítrico sintase em óxido nítrico e citrulina. Essas substâncias atuam como vasodilatadores, diminuindo a resistência vascular e melhorando o fluxo sanguíneo. Devido à insuficiência vascular, os pacientes diabéticos freqüentemente apresentam redução da circulação, principalmente nas mãos e nos pés. A ação da arginina ajuda a corrigir esse problema.
Outra relação entre arginina e diabetes é a capacidade do aminoácido de estimular a liberação de insulina, além de iniciar a liberação do hormônio do crescimento e de outras substâncias químicas do corpo. Algumas pesquisas sugerem que a relação entre arginina e diabetes é mais aparente em pacientes diagnosticados com o tipo 1. Alguns médicos recomendam que os pacientes com diabetes tipo 2 tomem um suplemento de tetraidrobiopterina, ou BH4. Eles acreditam que este cofator deve estar presente e ligar-se à arginina antes que ocorra a conversão da óxido nítrico sintase. Certos estudos também indicam que pacientes diabéticos com insuficiência vascular devido a danos virais ou aumento dos níveis de homocisteína também requerem suplementação de ácido fólico e vitamina B.
Os médicos recomendam também a arginina para pacientes com diagnóstico de dor no peito associada a angina, insuficiência cardíaca e hipertensão. Outros usos da arginina incluem a combinação com ibuprofeno para enxaquecas, com óleo de peixe para infecções crônicas e com quimioterapia em pacientes com câncer de mama. Alguns pacientes apresentam melhora da disfunção erétil enquanto tomam o aminoácido, e os pediatras às vezes administram arginina a recém-nascidos com inflamação gástrica.
Certos estudos sugerem que os riscos de tomar arginina incluem possível vasoconstrição e diminuição do fluxo sanguíneo em pacientes com doença arterial coronariana ou em indivíduos que sofreram recentemente um ataque cardíaco. Outros médicos discordam desses achados. Os efeitos colaterais comuns da arginina incluem desconforto abdominal, distensão abdominal e diarréia. Alguns pacientes desenvolvem anormalidades no sangue. As reações alérgicas podem ocorrer em indivíduos com inflamação e obstrução das vias respiratórias superiores. Os pacientes que tomam medicamentos anti-hipertensivos ou diuréticos em combinação com o aminoácido podem sofrer interações com arginina, produzindo uma pressão arterial perigosamente baixa.
Produtos lácteos, peixes, aves e carnes vermelhas contêm arginina. Os pacientes podem tomar suplementos orais ou os médicos podem administrar o aminoácido por via intravenosa. A dose de arginina para pacientes diabéticos varia de 5 a 9 gramas, tomada uma vez ao dia. As dosagens podem aumentar na presença de doenças cardíacas ou vasculares existentes.