Como os médicos tentaram salvar a vida de George Washington?

Em 12 de dezembro de 1799, o ex-presidente dos Estados Unidos George Washington era apenas mais um proprietário de terras da Virgínia inspecionando sua fazenda a cavalo. Houve precipitação invernal ao longo do dia – neve fraca, granizo e, posteriormente, chuva congelante. Quando voltou para Mount Vernon, Washington, de 67 anos, estava se sentindo mal com dor de garganta. Na manhã seguinte, o quadro piorou e os médicos foram chamados à beira do leito, com resultados fatais. Os diagnósticos foram variados, sendo o primeiro “quinsy inflamatório” (hoje denominado PTA ou abscesso periamigdaliano). A sangria, um tratamento comum para muitas doenças no século 18, foi prescrita para o ex-presidente. No decorrer de seu tratamento, cinco a sete litros de sangue foram retirados em menos de 16 horas, e Washington logo morreu. Alguns especularam que a quantidade de sangue retirada do corpo de Washington contribuiu para sua morte. Hoje, a Cruz Vermelha receberá apenas dois litros de um doador em um período de oito semanas. Muitos especialistas médicos e historiadores também acreditam que a epiglotite aguda pode ter sido a causa da morte de George Washington.

Mais sobre o tratamento médico de George Washington:

Washington recebeu uma mistura de melaço, manteiga e vinagre para acalmar sua garganta, mas era difícil de engolir, fazendo-o convulsionar e quase sufocar.
Besouros secos foram aplicados nas pernas de Washington para levantar bolhas, enquanto os médicos aplicaram calomelano, um composto de mercúrio, em seu pescoço.
Um médico chamado a Mount Vernon propôs uma traqueostomia, o que era praticamente inédito na época. Ele foi rejeitado pelos outros dois médicos, que disseram que o procedimento seria muito arriscado.