Quem foi Rasputin?

Grigori Yefimovich Rasputin, conhecido como “O Monge Louco”, nasceu em uma empobrecida aldeia siberiana em 10 de janeiro de 1869. Pouco se sabe de sua vida antes dos 18 anos, quando partiu para estudar no Mosteiro Verkhoturye e seguir adiante os passos de um homem sagrado local chamado Makariy. Empoderado por Makariy, ele finalmente deixou sua esposa e quatro filhos para se tornar um peregrino. Após 12 anos de peregrinação, Rasputin chegou a São Petersburgo, Rússia, e rapidamente ganhou a reputação de homem santo com poderes de cura.

O primeiro contato de Rasputin com a família imperial ocorreu em 1905. Tsarevich Alexei Nikolaevich Romanov, de um ano, que sofria de hemofilia, sofreu um acidente enquanto estava de férias com sua família e sofria de graves hemorragias internas que os médicos pareciam incapazes de controlar. Seguindo o conselho de um amigo, a czarina contatou Rasputin, que teria ajudado o menino em orações remotas. Depois disso, Rasputin se tornou um confidente de confiança da família real, que se referia a ele como “nosso amigo, o homem santo”. Ele ficou perto de Alexei e acabou conquistando o cargo de oficial do tribunal.

Os céticos acreditam que uma das razões pelas quais Rasputin conseguiu ajudar o Czarevich é que o monge recomendou que todos os tratamentos médicos fossem interrompidos. Um dos medicamentos mais comuns da época era a aspirina, um anticoagulante que provavelmente contribuiu para a dor e o inchaço nas articulações do menino. Se as histórias forem verdadeiras, a recomendação de interromper o tratamento teria ajudado significativamente o czarevich.

À medida que seu poder se fortalecia, Rasputin começou a aconselhar o czar em assuntos oficiais. Foi por causa de seu conselho que as tropas russas se retiraram da Primeira Guerra Mundial e que o czar Nicolau II cometeu o erro de se mudar para a Frente Oriental para comandar suas próprias tropas. Rasputin também era famoso por suas práticas religiosas. Ele era um seguidor da seita Khlysty, que defendia extremos como orgias em massa e flagelação.

A presença de Rasputin na casa imperial causou muita polêmica entre a elite de São Petersburgo. Tanto a Igreja Ortodoxa Russa quanto muitos nobres estavam cada vez mais descontentes com o poder e a influência do homem. Acredita-se que o príncipe Felix Yusupov e o grão-duque Dmitri Pavlovich conspiraram para matá-lo em 16 de dezembro de 1916.

Existem várias teorias sobre a morte de Rasputin. Alguns dizem que ele foi envenenado com cianeto, mas sobreviveu, apenas para levar um tiro de Yusupov nas costas. Novas evidências sugerem que as coisas podem ser um pouco mais complexas do que se pensava originalmente. Acredita-se agora que ele foi morto a tiros por um oficial do Serviço de Inteligência Secreto Britânico (SIS) como um favor a Yusupov.