O que foi a invasão da Baía dos Porcos?

A invasão da Baía dos Porcos ocorreu em 17 de abril de 1961. Foi uma tentativa do governo dos Estados Unidos de derrubar o governo de Fidel Castro em Cuba. Desde a revolução cubana em 1959, as relações entre Cuba e os Estados Unidos tornaram-se tensas. Castro havia confiscado muitos ativos dos EUA e também tinha fortes ligações com a União Soviética.
O governo Eisenhower trabalhou em conjunto com a Agência Central de Inteligência (CIA) para treinar exilados cubanos para derrubar o governo de Castro. O vice-presidente Richard Nixon foi o principal proponente da invasão da Baía dos Porcos e concordou que a invasão deveria ser levada adiante. Um grande número de exilados cubanos foi treinado para o combate na Flórida e na Guatemala.

Em 1961, o presidente John F Kennedy (JFK) foi o responsável pela invasão. Ele mudou vários detalhes da invasão, incluindo os locais de pouso. Ele também apresentou a posse de tanques e armas soviéticas de Fidel como o verdadeiro motivo da invasão. Em 17 de abril de 1961, ocorreram os bombardeios aéreos da anti-Castro cubana Fuerza Aerea Revolucionaria (FAR), ou Força Aérea Revolucionária. A Força Aérea dos Estados Unidos travaria então um ataque adversário que eliminaria efetivamente a Força Aérea cubana.

Esses ataques aéreos receberam o nome de “Operação Puma”. A Operação Puma falhou, possivelmente por uma série de razões, uma delas sendo o conhecimento prévio de Castro dos ataques que lhe permitiram mover seus aviões para longe da área de ataque. Antes deste ataque, o capitão Mario Zuniga já havia sobrevoado Cuba e alegado que seu motor havia sido alvejado. Relatórios mostraram que buracos de bala falsos no motor foram pré-perfurados antes da decolagem do vôo. Mas para o mundo que assistia, parecia que ele havia sido baleado pelos homens de Fidel.

Em 17 de abril de 1961 começou a invasão de terras. 1,511 exilados cubanos desembarcaram na Baía dos Porcos, situada na costa sul de Cuba. As tropas tinham a impressão de que seriam apoiadas pelos habitantes locais para derrubar Fidel. Mas Castro estava ciente da invasão e já havia executado e prendido pessoas suspeitas de simpatizarem com os americanos.

Seguiram-se batalhas de tanques e sem nenhum apoio visível para os exilados cubanos, Kennedy logo começou a cancelar o apoio dos EUA à invasão da Baía dos Porcos. A invasão terminou em 21 de abril de 1961. Os EUA falharam e 68 dos exilados cubanos estavam mortos. Dos outros 1029 exilados, alguns foram executados e os restantes enviados para a prisão em Cuba sob a acusação de traição. Em 21 de dezembro de 1962, os prisioneiros foram negociados com os EUA por 53 milhões de dólares americanos (USD) dados em alimentos e remédios.

A invasão da Baía dos Porcos foi um fracasso completo e um constrangimento para o presidente Kennedy. Alguns achavam que isso só servia para aumentar a popularidade de Fidel. Após a invasão, Castro estreitou suas relações com a União Soviética, levando à crise dos mísseis cubanos em 1962. Um embargo comercial americano ainda existe com Cuba até hoje.