O Dawes Act, também chamado de General Allotment Act, foi uma lei aprovada em 1887 pelo governo federal dos Estados Unidos para regular as terras dos índios americanos. Ele permite que o governo pegue certas reservas de propriedade coletiva e as divida em lotes de propriedade separada. Essa lei resultou na criação do Dawes Rolls, que o governo usava para fazer uma contabilidade relativamente completa da população nativa em certas áreas. O projeto de lei visava explicitamente ajudar os nativos americanos a se assimilarem na sociedade.
A conta não especifica quais reservas ela afeta. Em vez disso, dá poder ao governo, por meio de decisão executiva, tratado ou outro ato do Congresso, para designar terras como sujeitas a distribuição. Na prática, o Bureau of Indian Affairs parece ter tido controle bastante completo sobre o processo. A Lei Dawes também isenta várias tribos específicas; no entanto, muitos deles foram colocados sob sua jurisdição por emendas posteriores.
A Lei Dawes foi descrita como benevolente quando foi aprovada. Na verdade, foi publicamente enquadrado como uma resposta ao Century of Dishonor de Helen Hunt Jackson, um livro que descreve várias injustiças perpetradas contra os índios americanos. Jackson publicou o livro em 1881 e distribuiu cópias por todo o Congresso.
A lei deveria ajudar os índios a sobreviver no mundo moderno e protegê-los dos colonos brancos que tentavam invadir suas terras. Não é de surpreender, entretanto, que os historiadores modernos o descrevam como principalmente ruim para as pessoas que afetou. A divisão de terras comunais em lotes individuais interrompeu um modo de vida tradicional que girava em torno de atividades como a caça. Também é argumentado que a Lei distribuiu terras de forma injusta e sem levar em conta o bem-estar dos destinatários.
Também houve relatos de grande corrupção e abuso dentro do Bureau of Indian Affairs. Um estudo divulgado em 1928, conhecido como Relatório Meriam, confirmou as suspeitas de que os moradores da reserva foram privados de suas melhores terras e forçados a se reinstalar em áreas onde era muito difícil ganhar a vida. De acordo com o Relatório Meriam, a Lei Dawes nem mesmo foi bem-sucedida em promover a assimilação.
A Lei Dawes também perturbou a cultura nativa de outras maneiras. Ao designar os terrenos de acordo com a condição social, impôs um modelo herdado do sistema socioeconômico europeu. Por exemplo, ao designar os homens como chefes de família, privou as mulheres do status e do poder que outrora possuíam. Essencialmente, promoveu uma abordagem europeia do casamento e da família.