Existem muitas causas suspeitas de câncer de estômago. Como muitos tipos de câncer, existem fatores internos, como predisposição genética, e fatores externos, como exposição a toxinas ambientais. No entanto, como o câncer cervical, um patógeno específico – neste caso, certas toxinas – também foi identificado como uma das causas mais comuns de câncer de estômago.
Entre os fatores internos que podem levar ao câncer de estômago estão doenças genéticas incomuns, como a metaplasia intestinal, na qual o revestimento regenerativo do estômago se desenvolve ou se transforma em um tipo errado de tecido intestinal. A gastrite atrófica autoimune é uma condição igualmente rara em que o sistema imunológico do corpo acredita erroneamente que o revestimento do estômago é um tecido estranho e começa a tentar destruí-lo. A gastrite simples, a inflamação e irritação do revestimento do estômago, também é um fator de risco se a doença for crônica.
Existem outros fatores internos entre as causas do câncer de estômago. Sua incidência tem três vezes mais probabilidade de afetar o sexo masculino. Acredita-se que o hormônio feminino estrogênio tenha alguma função protetora contra o câncer de estômago. Certos grupos étnicos, como os japoneses, apresentam maior incidência per capita dessa forma de câncer, mas não se sabe se o motivo é genético ou de estilo de vida.
É lógico que as causas mais prováveis do câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, são toxinas ingeridas por via oral. Duas toxinas muito comuns, principalmente quando combinadas, são fatores de risco comprovados: o consumo excessivo de tabaco e álcool. Estima-se que fumantes inveterados têm duas vezes mais chances do que os não fumantes de desenvolver câncer de estômago, geralmente próximo à conexão com o tubo do esôfago. O álcool retira o muco protetor que reveste o estômago, tornando seu tecido de revestimento vulnerável a agentes cancerígenos.
Ainda é debatido se outros consumos orais ou dietas em geral são fatores de risco para câncer de estômago. Algumas organizações de saúde emitiram advertências contra alimentos defumados, curados com sal e em conserva. Muitas das mesmas organizações sugerem que antioxidantes como as vitaminas A e C em frutas e vegetais frescos são preventivos do câncer de estômago.
Uma infecção bacteriana é uma das principais causas precisas de câncer de estômago. O culpado é Helicobater pylori. Cerca de 50% da população mundial abriga essa bactéria em seu trato digestivo superior. Até 80% dessas pessoas experimentam pouco ou nenhum efeito adverso da presença do bug; outros podem ter reações leves a graves, incluindo gastrite. Cerca de 2% das pessoas infectadas desenvolverão câncer de estômago.
Estima-se que dez por cento dos cânceres de estômago foram diagnosticados como tendo uma causa genética. Em contraste, em 65-80% dos casos, a bactéria Helicobacter pylori foi implicada. Uma das dificuldades urgentes com esse câncer mortal é que muitas vezes é assintomático e, no momento em que quaisquer sintomas físicos são notados, pode já ter avançado para um estágio avançado. Além disso, o câncer de estômago se espalha facilmente para outros órgãos, como pulmões, fígado e gânglios linfáticos.