A angiopatia amilóide é uma doença potencialmente grave das artérias do cérebro. Proteínas específicas chamadas beta-amilóides infiltram-se nos vasos sanguíneos e aderem às paredes, formando uma placa. A placa limita o fluxo sanguíneo e danifica o tecido dos vasos sanguíneos, o que pode levar a uma ruptura e perda de sangue. A maioria das pessoas com angiopatia amilóide leve não apresenta sintomas ou complicações, embora um grande sangramento possa resultar em um acidente vascular cerebral com risco de vida. Os médicos tentam identificar e tratar os sintomas o mais cedo possível para evitar resultados fatais em casos graves.
Os pesquisadores ainda não identificaram as causas claras e diretas da angiopatia amilóide. O principal fator de risco para o transtorno é o aumento da idade, já que a maioria das pessoas que desenvolvem problemas tem mais de 60 anos. Suspeita-se que a genética também possa desempenhar um papel nos casos que envolvem histórias familiares de angiopatia. Muitos estudos ligaram a doença de Alzheimer e outros tipos de demência à presença de acúmulos de amilóide, embora não seja certo se as proteínas amilóides no cérebro realmente causam sintomas de demência.
A maioria dos pacientes que desenvolve angiopatia amilóide é assintomática, especialmente nos estágios iniciais. O acúmulo de placas é pequeno o suficiente para não prejudicar o funcionamento dos vasos sanguíneos ou causar rupturas. Lesões arteriais graves costumam ocorrer gradualmente ao longo do tempo, o que pode levar a sintomas ocasionais e agravantes de dor de cabeça, alterações na visão e confusão mental. Se a hemorragia for súbita e intensa, o indivíduo pode apresentar dor de cabeça intensa, visão turva, fala arrastada, sonolência e confusão. Convulsões, coma e morte súbita são complicações possíveis se o atendimento médico de emergência não estiver disponível após um episódio de hemorragia cerebral.
A angiopatia amilóide geralmente não é diagnosticada até que a pessoa desenvolva os sintomas principais. As imagens de ressonância magnética são usadas para procurar a presença de sangue fora das artérias do cérebro, mas o teste não consegue explicar o que causa a perda de sangue. A biópsia cerebral é a única maneira confiável de confirmar o envolvimento da amilóide. As biópsias raramente são realizadas, no entanto, devido aos riscos inerentes à cirurgia para remover o tecido cerebral. Freqüentemente, a verdadeira causa do sangramento não é descoberta até que uma autópsia seja realizada.
Quando um paciente começa a apresentar sintomas, ele normalmente é admitido em uma unidade de terapia intensiva para monitoramento cuidadoso. Os médicos primeiro tentam estabilizar a respiração e os batimentos cardíacos com oxigenoterapia e reduzir as chances de convulsões com medicamentos. A pressão ao redor do cérebro devido ao acúmulo de sangue e fluido pode precisar ser aliviada com um implante cirúrgico. Uma vez que o paciente esteja estável, testes podem ser executados para procurar as causas subjacentes. Atualmente, não há tratamentos confiáveis para prevenir o retorno dos sintomas da angiopatia amilóide no futuro.