Alunos pontuais (também conhecidos como miose anormal) ou pupilas anormalmente pequenas costumam ter uma das três causas: uso excessivo de drogas da classe dos opiáceos, hemorragia no tronco cerebral ou exposição a substâncias químicas como organofosforados ou agentes nervosos. Estas são as causas mais comuns da doença. Em alguns casos, pupilas pontiagudas também podem estar associadas à síndrome de Horner ou à neurossífilis.
Noções básicas da condição
Em configurações normais, a pupila é redonda e de tamanho médio quando comparada ao resto da íris. Ele controla a quantidade de luz que entra no olho por constrição ou dilatação, e três tipos diferentes de fotorreceptores no olho – gânglios, bastonetes e células cônicas – convertem a luz disponível em impulsos elétricos para que uma pessoa possa ver. Em uma sala totalmente escura, quando uma luz incide diretamente sobre ela, ela pode se restringir ao tamanho de uma ponta de alfinete. À medida que se ajusta à luz, no entanto, deve dilatar-se, embora não totalmente ao seu tamanho normal.
A miose anormal refere-se à constrição inferior a 0.0079 polegadas (2 mm) em configurações de luz normais. O termo miose vem do grego antigo e significa “fechar os olhos”. Os cientistas acreditam que a condição está relacionada às células ganglionares do olho que reagem muito lentamente em comparação com as células do bastonete e do cone.
Uso de drogas opióides
O uso de drogas opióides é uma razão comum para problemas de visão. Essas substâncias são psicoativas, o que significa que podem cruzar a barreira hematoencefálica e, por meio do sistema nervoso central, afetar os processos mentais. Eles incluem opiáceos bem conhecidos que vêm da planta papoula, como morfina e oxicodona.
Clinicamente, os opioides são usados para controlar a dor. Muitas pessoas também os usam para se divertir, pois podem alterar estados de consciência e percepção. O aparecimento de pupilas contraídas é um sintoma de sobredosagem e pode alertar outras pessoas para o uso de opiáceos. Em alguns casos, as pessoas que abusaram de opioides desenvolvem intensamente tolerância aos medicamentos e podem ter esse sintoma mesmo que não estejam sob overdose.
Benzodiazepinas
Os benzodiazepínicos, mais conhecidos nas ruas como benzos, são outra classe de drogas psicoativas. Embora não sejam considerados seguros durante a gravidez, os médicos costumam prescrevê-los para problemas como ansiedade, distúrbios do pânico, insônia e convulsões. Semelhante aos opióides, eles podem afetar o sistema nervoso e o funcionamento do olho.
Drogas Myotic
O termo droga miótica abrange qualquer droga que provoque a contração pupilar, por isso inclui opióides e benzodiazepínicos. Algumas drogas mióticas não se enquadram nessas categorias, entretanto. Um bom exemplo é o carbacol, que os oftalmologistas usam rotineiramente no tratamento de doenças como o glaucoma. Geralmente vem na forma de colírios.
Outros produtos químicos
A exposição a certos produtos químicos, incluindo organofosforados, é outra fonte de problemas oculares. Os produtos químicos superexcitam o sistema parassimpático. Esses tipos de substâncias aparecem como ingredientes de pesticidas. Quando uma pessoa fica muito exposta a eles, pode sentir sintomas como cãibras musculares, aumento de fluidos corporais e pupilas pontiagudas. Alguém que sabe que tem usado pesticidas com esses sintomas deve ir a um médico para ser examinado por intoxicação por pesticidas.
Problemas cerebrais
Hemorragia cerebral e infartos pontinos (morte de tecido na área da ponte do cérebro devido à falta de suprimento de sangue) são causas adicionais de extrema constrição das pupilas. Isso pode acontecer com lesão cerebral traumática, acidente vascular cerebral ou doença. Se o problema estiver na parte frontal do tronco encefálico, ambos normalmente estarão contraídos. Se a lesão for em outras áreas do cérebro, elas podem ter tamanhos diferentes, com uma dilatada e a outra contraída. Quando uma pessoa tem histórico de derrame ou outro trauma cerebral, é melhor fazer um exame para verificar essas condições.
infecções
Às vezes, infecções bacterianas ou virais causam pupilas pontiagudas. Um exemplo é a uveíte, que afeta a parte média do olho, incluindo a íris. Dependendo do tipo de infecção e da gravidade dela, uma pessoa pode desenvolver aderências inflamatórias entre o cristalino e a íris. Essencialmente, isso faz com que o tecido do olho fique grudado, o que dificulta a expansão ou contração como normalmente aconteceria.
Nem todas as infecções que levam a essa condição estão concentradas no próprio olho. Na neurossífilis, por exemplo, o cérebro ou a medula espinhal são afetados, o que muda o quão bem uma pessoa pode lidar com as informações sensoriais e reagir à luz. Essa condição é causada pelo Treponema pallidum, a mesma bactéria que causa a sífilis.
Síndrome de Horner e distúrbios físicos
Ocasionalmente, doenças oculares são causadas por um distúrbio físico raro, como a síndrome de Horner, que afeta os nervos do rosto e dos olhos. A síndrome de Horner geralmente é o resultado de um problema médico subjacente, como um derrame, mas às vezes ocorre isoladamente. As pupilas pontiagudas são um sintoma clássico da doença, juntamente com pálpebras caídas e uma capacidade reduzida de transpirar no lado afetado do rosto. Os bebês que nascem com a síndrome terão uma íris mais clara que a outra.