Os antineoplastões são compostos encontrados no sangue e na urina humanos, que foram propostos como um tratamento alternativo do câncer em 1976 pelo Dr. Stanislaw Burzynski. A pesquisa sobre esses compostos não apoiou a teoria de que eles são um tratamento eficaz para o câncer e não foram aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento de qualquer doença. Além disso, organizações como a American Cancer Society recomendam fortemente contra a busca de terapia com antineoplastons.
Burzynski afirmou que pacientes com câncer tinham concentrações mais baixas desses peptídeos, aminoácidos e outros compostos orgânicos em seu sangue. Ele teorizou que isso limitava a capacidade do corpo de lutar eficazmente contra o câncer e propôs a introdução de antineoplastons no corpo para aumentar os níveis. Os compostos são produzidos sinteticamente em ambiente de laboratório e podem ser injetados ou tomados por via oral.
Como os antineoplastons não são aprovados para a terapia do câncer, eles só podem ser oferecidos no contexto de um ensaio clínico. Os pacientes são elegíveis para um ensaio clínico se outra linha de terapia contra o câncer falhou. Eles são obrigados a pagar pelos antineoplastões e consultas médicas necessárias para administrar os compostos e monitorar o paciente. Normalmente, as seguradoras não cobrem esse tratamento porque ele não é comprovado e é experimental.
A clínica de Burzynski relatou sucesso com antineoplastões no tratamento do câncer. No entanto, outros ensaios clínicos não apoiaram suas descobertas. Os pacientes em alguns ensaios foram forçados a interromper o tratamento devido a efeitos colaterais prejudiciais. É difícil extrair resultados significativos dos ensaios na clínica de Burzynski porque os pacientes também podem receber terapia adjuvante, como quimioterapia e radiação. Isso torna difícil determinar se o encolhimento dos tumores foi o resultado dos antineoplastons ou de outros medicamentos.
Os efeitos colaterais dos antineoplastons podem incluir desequilíbrios eletrolíticos, juntamente com complicações de tumores que continuam a crescer apesar do tratamento. Os pacientes também podem sentir febre, confusão, convulsões, calafrios, náuseas e vômitos durante o tratamento. Pessoas que tomam antineoplastons devem ser monitoradas quanto ao aumento dos níveis de sódio no sangue, um efeito colateral comum e potencialmente perigoso.
Os pacientes com câncer têm várias opções de tratamento, incluindo ensaios clínicos para medicamentos em desenvolvimento. Quando as pessoas são diagnosticadas com câncer, é útil buscar uma segunda opinião e discutir todas as opções de tratamento. Os pacientes devem tomar uma decisão informada com base nas informações disponíveis. Os pacientes que estão considerando terapias alternativas ou experimentais podem querer fazer alguma pesquisa para aprender mais sobre essas terapias e seus desenvolvedores para determinar se a terapia tem probabilidade de ser eficaz ou não.