O Pânico de 1837 desencadeou a depressão mais severa experimentada pelos Estados Unidos até aquele momento. A principal causa da depressão foi uma onda de especulação imobiliária, alimentada por crédito fácil e barato. Em todo o país, o desemprego aumentou, as empresas faliram e a falência se tornou comum. Durante os cinco anos que se seguiram ao pânico, 343 dos 850 bancos do país faliram totalmente, com outros 62 sofrendo falência parcial.
As políticas econômicas do presidente Andrew Jackson costumam ser responsabilizadas por criar as condições que causaram o Pânico de 1837. Em 1829, Jackson, que desconfiava do National Bank e o considerava inconstitucional, recusou-se a renovar o contrato do banco. Ele também retirou todos os fundos federais, depositando-os em bancos estaduais e privados.
Como resultado, o crédito foi facilmente disponibilizado por essas instituições. Projetos financiados pelo estado e privados, como canais e linhas ferroviárias, estimularam a expansão para o oeste. Os especuladores rapidamente compraram propriedades governamentais baratas, na esperança de vendê-las com um lucro enorme, à medida que a expansão e a infraestrutura aumentavam os valores das propriedades. As empresas também dependiam muito do crédito, muitas vezes usando os lucros para financiar investimentos especulativos de alto retorno, em vez de pagar empréstimos rapidamente.
Os bancos conseguiram fornecer esse crédito barato em parte por meio do uso de notas de banco, dinheiro que eles próprios imprimiram. Os investidores estrangeiros esperavam tirar proveito do boom dos Estados Unidos, adicionando capital adicional à economia. Com altos níveis de moeda circulando, a inflação era inevitável.
A especulação levou as vendas de propriedades a recordes. Em 1837, os escritórios de terras relatavam vendas 10 vezes maiores do que em 1830. Na esperança de reduzir essa corrida por terras, Jackson emitiu a Circular da Espécie no verão de 1836, exigindo que a espécie – ouro e prata – fosse usada para todas as vendas de terras públicas. Os bancos estatais e privados não tinham fundos em espécie suficientes, normalmente usando notas bancárias para empréstimos. Com o corte repentino do crédito, muitos compradores deixaram de pagar, o mercado imobiliário secou e o Pânico de 1837 começou.
Os investidores estrangeiros pediram dívidas, recusando-se a aceitar a moeda americana. Já sobrecarregadas, as reservas bancárias se esgotaram rapidamente. Os depositantes tentaram retirar fundos, resultando em corridas aos bancos. Durante o Pânico de 1837, o papel-moeda perdeu o valor, pois os bancos se recusaram a trocá-lo por moeda forte. O resultado foi a falência generalizada de empresas, a falência e o desemprego de dois dígitos.
Quando Martin Van Buren assumiu a presidência em janeiro de 1837, o pânico estava apenas começando a tomar conta. No final de junho, mais de 250 empresas haviam falido somente em Nova York. Em setembro, Van Buren convocou uma sessão especial do Congresso, exigindo um sistema de tesouro nacional projetado para tornar os bancos mais responsáveis. Apesar dos esforços políticos, os efeitos do Pânico de 1837 foram sentidos por muitos anos.