A metaloproteinase 3 da matriz, também conhecida como estromelisina-1, é uma enzima que ajuda a degradar a matriz extracelular. Tais degradações ocorrem durante o funcionamento normal, como quando os tecidos são reorganizados. Eles também podem ocorrer em resposta a doenças; por exemplo, quando as células tumorais se metastatizam.
Como outras metaloproteinases da matriz (MMPs), a metaloproteinase 3 da matriz provém do agrupamento de genes da MMP. É codificado pelo gene MMP3. Quando esse gene é expresso, a enzima é realmente secretada de forma inativa. Uma vez fora da célula, as enzimas chamadas proteases removem uma parte da enzima e a ativam.
Após a ativação, a metaloproteinase 3 da matriz tem duas funções principais. É capaz de decompor uma variedade de compostos da matriz, incluindo vários tipos de colágeno, fibronectina, elastina e laminina. Essa enzima também serve como função de ativação para outras MMPs. A ativação de MMP-1, MMP-7 e MMP-9 é realizada não por proteases, mas pela própria MMP-3.
A dupla função da matriz metaloproteinase 3 significa que é um componente essencial da reestruturação do tecido conjuntivo. Sob condições normais, esta enzima é importante no reparo de feridas. Em tempos de doença, no entanto, pode ser responsável pela continuação da aterosclerose e pelo movimento das células tumorais.
As evidências sugerem que esta enzima também está envolvida em distúrbios cerebrais neurodegenerativos. A liberação de MMP-3 na matriz extracelular ativa a microglia, ou células cerebrais da “substância branca”. Microglia pode induzir a morte celular programada, conhecida como apoptose, nos neurônios. A apoptose é uma faceta de muitos distúrbios neurodegenerativos, como a doença de Parkinson, e os cientistas acreditam que a liberação de MMP-3 é o principal sinal que inicia esse processo.
Mutações no gene MMP3 podem levar a certos estados de doença. Algumas mutações podem criar genes promotores mais poderosos, aumentando a quantidade de metaloproteinase da matriz 3 produzida pelas células. Doenças como infarto agudo do miocárdio têm sido associadas à hiperatividade da MMP-3. Mutações também podem criar promotores menos eficazes. A subexpressão do gene MMP3 está envolvida na fenda labial e na fenda palatina, bem como na aterosclerose coronariana.
A resposta à quimioterapia no câncer também pode ser prevista por mutações no gene MMP3. Pacientes com uma forma de carcinoma carregando duas cópias da variante do gene MMP3 que codifica para um promotor menos eficaz tendem a responder bem à quimioterapia. Indivíduos com cópias mistas, ou duas cópias codificando para o promotor mais eficaz, não tiveram a mesma quantidade de melhoria. Esses resultados variáveis podem ser devidos a um promotor mais eficaz, criando condições que facilitam a metastização das células tumorais.