O “efeito pigmeu”, também conhecido como “efeito Rosenthal” para o psicólogo creditado por sua descoberta, é uma teoria que ensina que as pessoas agem ou se comportam da maneira que outros esperam. É muito semelhante ao conceito de profecia auto-realizável. O efeito tem resultados positivos e negativos – uma pessoa esperada por seus superiores terá sucesso, mas o oposto também é geralmente verdadeiro. Na maioria das vezes, essas expectativas não são discutidas abertamente. Eles são comunicados passivamente através de coisas como escolha de palavras ou linguagem corporal. O efeito é mais comumente discutido em termos de educação e local de trabalho, mas também pode ocorrer em indivíduos.
Origens na mitologia e literatura
O efeito e o subsequente ensino psicológico têm suas origens na mitologia grega. Segundo o mito popular, Pygmalion era um príncipe de Chipre e um escultor que criou e se apaixonou por uma estátua de marfim de sua mulher ideal. Ele implorou à deusa Vênus que desse vida à sua criação, e ela o obrigou. Pigmalião se casou com a mulher resultante e eles tiveram uma vida perfeita juntos. Ele esperava que a estátua fosse perfeita em todos os sentidos, e ela atendeu às expectativas dele quando foi trazida à vida.
O dramaturgo inglês George Bernard Shaw expandiu essa idéia em sua peça popular Pygmalion, que serviu de inspiração para a talvez mais conhecida My Fair Lady. Nesses dramas, um professor gentil transforma uma mulher Cockney de classe baixa em uma dama adequada para a sociedade, principalmente acreditando nela e esperando o melhor dela.
Na Educação
Muitos estudos foram realizados sobre o efeito pigmeu na sala de aula. Os professores que recebem informações que certos alunos têm mais probabilidade de se destacar e obter do que outros membros da classe geralmente descobrem que esses alunos têm, de fato, um desempenho melhor – mesmo que não tenham vantagem objetiva. Mesmo os professores que tentam não transmitir suas crenças ou expectativas para certos alunos geralmente descobrem que essas expectativas, sejam elas quais forem, têm poder influente.
Muitos psicólogos pensam que os professores realmente transmitem suas expectativas aos alunos, mesmo que nem eles nem as crianças realmente percebam isso. A linguagem corporal é tão importante quanto a comunicação verbal ao transmitir expectativas positivas e negativas, assim como o tom de voz. O uso da linguagem corporal é mais comumente uma forma de comunicação subconsciente, mas pode ser muito poderosa. A resposta e a interpretação de sinais não verbais também costumam ser subconscientes, mas tendem a ser duradouras, principalmente quando se refere às expectativas de uma pessoa em relação à outra.
Em negócios
O efeito pigmeu também tem um papel importante no mundo do trabalho. Gerentes, chefes e superiores corporativos geralmente podem influenciar o trabalho e o sucesso dos funcionários, esperando que eles aumentem ou diminuam. Da mesma forma que na escola, essas expectativas nunca precisam ser explicitamente transmitidas para criar raízes.
Autopercepção
A idéia de profecia auto-realizável quando se trata de autopercepção também é uma parte importante do conceito. Uma pessoa que acredita que é inútil ou que tem outras percepções negativas sobre suas habilidades e qualidades geralmente satisfaz suas expectativas. Ele nunca alcançará seu verdadeiro potencial, mas se limitará a suas próprias limitações auto-impostas. As pessoas que tendem a ter uma auto-imagem positiva e acreditam que são capazes de alcançar tudo o que se propõem a alcançar são geralmente mais propensas a fazê-lo.
Uso Estratégico
Os psicólogos geralmente ensinam pacientes, professores e líderes empresariais a usar estrategicamente o efeito Pigmalião para incentivar o sucesso e o pensamento positivo. Ao forçar-se a estabelecer altas expectativas para os outros, continua a teoria, é possível ajudar a impulsionar conquistas e sucessos que talvez não tenham sido alcançados por si só. Esse tipo de estratégia está relacionada a conceitos como pensamento positivo e visualização positiva, mas vai um passo além, pois geralmente se pretende manifestar nas relações e interações com os outros.