Ao investir em ações, existem duas estratégias básicas para ganhar dinheiro. O mais comum é assumir uma posição longa, o que significa simplesmente comprar uma ação e mantê-la por qualquer período de tempo antes de vendê-la. A segunda estratégia é assumir uma posição curta ou “vender a descoberto”. Isso é feito emprestando e vendendo uma ação, na esperança de que seu preço caia. Um investidor comprará de volta as ações para “cobrir” sua posição vendida a um preço mais baixo e lucrar com a diferença. Um fundo inverso fornece uma maneira de efetivamente vender a descoberto muitas ações ao mesmo tempo.
Fundos inversos também são chamados de fundos negociados em bolsa (ETFs) porque são negociados em uma bolsa pública de valores. Um fundo inverso é projetado para funcionar como o inverso, ou o oposto, de qualquer índice ou benchmark que ele rastreie. Por exemplo, um fundo inverso que rastreia as 30 ações da Dow Jones Industrial Average (DJIA) procura uma movimentação percentual diária oposta à da DJIA. Se o DJIA descer dois por cento, o fundo inverso que o acompanha aumentará em dois por cento. Como o valor de um fundo inverso aumenta em um ambiente de queda nos preços das ações, eles são investimentos populares durante crises econômicas.
Antes do advento dos fundos inversos, se um comerciante quisesse vender a descoberto as ações da DJIA, eles precisavam abrir uma conta de margem com uma corretora e vender cada uma das 30 ações a descoberto individualmente. No entanto, a partir do final dos anos 90, começaram a ser criados fundos inversos e a ganhar popularidade. Os fundos inversos não apenas tornam mais fácil do que nunca vender ações a descoberto em antecipação a um mercado em queda, mas também eliminam parte do risco tradicionalmente associado à venda a descoberto.
A venda de uma ação a descoberto tem a desvantagem de expor um investidor a perdas teoricamente ilimitadas, porque não há limite superior absoluto ao preço de uma ação. Um fundo inverso, por outro lado, é mais como assumir uma posição longa em uma ação, no sentido de que apenas expõe o investidor à perda de seu preço de compra. Esse fato também torna prático incluir um fundo inverso como parte de uma carteira diversificada, a fim de proteger posições longas. Outro motivo pelo qual os fundos inversos viram sua popularidade aumentar é que eles podem ser incluídos em uma Conta de Aposentadoria Individual (IRA), enquanto que posições curtas não podem ser mantidas nessas contas.
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