O ajustamento da dívida é um processo que permite reorganizar as dívidas correntes como forma de gerir de forma mais eficaz o seu peso. A ideia desse processo é permitir que o devedor evite o inadimplemento de alguma das dívidas e ainda pague cada uma delas em tempo hábil. Nessa perspectiva, o ajuste da dívida pode ser visto como uma forma de alívio da dívida, uma vez que o processo envolve acertar os termos de reembolso com os credores que podem até incluir aqueles que aceitam menos do que o valor original devido para liquidar a conta.
A ferramenta de ajuste da dívida pode ser usada por indivíduos, empresas e até governos. Em muitos casos, a ideia é reorganizar a dívida de uma forma que seja mais administrável para o devedor, mas permitindo que a dívida seja paga a tempo. Essa abordagem costuma ser uma alternativa às opções de falência que essencialmente cancelam a dívida com uma ordem judicial, embora haja formas de falência em muitos países que, na verdade, são mais semelhantes a ajustes ou reorganizações de dívidas.
Com o processo real de ajuste da dívida, os credores estão dispostos a trabalhar com o devedor para estruturar um plano de reembolso que acabará por eliminar a dívida. Esses acordos podem ser estruturados com a ajuda de um intermediário, como uma agência de liquidação de dívidas. Os devedores também podem abordar os credores individualmente e chegar a algum tipo de acordo. Normalmente, essa abordagem interrompe ou pelo menos reduz o valor dos juros que é aplicado ao saldo devedor e fixa um valor específico por mês que será oferecido para saldar a dívida. Não é incomum que a conta do devedor seja encerrada para uso posterior, enquanto a conta estiver em fase de ajuste; uma vez que a conta seja paga integralmente, alguns credores considerarão os pedidos de novas contas, dependendo da situação financeira atual do devedor.
Existe também a chance de um credor oferecer ao devedor a chance de pagar uma quantia reduzida a fim de liquidar a dívida pendente. Com essa abordagem para o processo de ajuste da dívida, o credor concorda em aceitar a quantia reduzida se o devedor concordar em fazer um pagamento único ou uma série de três ou quatro pagamentos nos meses seguintes. Caso o devedor descumpra esses termos e fique inadimplente com o novo acordo, o valor da dívida reverte para o valor anterior, com juros e multas avaliados como se a liquidação reduzida nunca tivesse sido oferecida.
O ajuste da dívida é freqüentemente considerado um meio viável de evitar a falência. É importante observar que, embora essa abordagem permita aos devedores eventualmente resgatar suas dívidas, não há garantias de que o ajuste evitará danos ao rating de crédito. Dependendo das circunstâncias, o indivíduo ou empresa pode descobrir que entrar com um pedido de proteção contra falência e buscar a liquidação das dívidas pode ser o curso de ação mais prudente a longo prazo.