A fisiopatologia da epilepsia afeta e pode alterar os sinais elétricos no cérebro. A epilepsia é uma condição em que esses sinais elétricos disparam aleatoriamente, causando convulsões. Geralmente é tratada com medicamentos para controlar as convulsões e, em casos raros, com cirurgia.
As convulsões são o único sintoma da fisiopatologia da epilepsia. As convulsões podem variar em gravidade e aparência porque diferentes partes do cérebro são afetadas pela sinalização elétrica. Normalmente, uma pessoa terá o mesmo tipo de convulsão todas as vezes, mas o tipo de convulsão pode variar de pessoa para pessoa.
As crises parciais afetam apenas uma parte do cérebro e podem ser simples ou complexas. As convulsões parciais simples podem causar estímulos incomuns, como gosto ou cheiro estranho, ou podem afetar uma parte do corpo, como a perna, fazendo-a sacudir incontrolavelmente. Convulsões parciais complexas causam perda de consciência, geralmente acompanhada de movimentos repetitivos e sem propósito, como andar em círculos.
As crises generalizadas, por outro lado, afetam todo o cérebro de uma vez. Uma crise de ausência acontece quando uma pessoa perde o foco por um curto período de tempo, tornando-se indiferente e olhando fixamente. As crises mioclônicas são caracterizadas por espasmos musculares nos membros. As convulsões atônicas causam uma perda de tônus muscular, fazendo com que a pessoa caia. As crises mais graves são as do tipo grande mal, em que a pessoa perde a consciência e se debate, agitando os membros.
Freqüentemente, a fisiopatologia da epilepsia tem uma causa desconhecida. Alguns tipos de epilepsia ocorrem em famílias, sugerindo uma vulnerabilidade genética. Traumas cerebrais causados por traumatismo craniano, doenças como meningite ou tumores também podem causar convulsões. As crianças que sofrem traumas pré-natais ou têm um distúrbio do desenvolvimento, como a síndrome de Down, também podem sofrer de epilepsia.
A fisiopatologia da epilepsia tende a permanecer dentro do cérebro, não afetando o resto do corpo. As complicações da epilepsia tendem a acontecer quando as pessoas se machucam durante as convulsões. É especialmente perigoso se ocorrer uma convulsão durante a condução ou natação, mas mesmo em uma situação menos exigente, uma pessoa pode cair e se machucar durante um episódio.
A epilepsia pode causar anormalidades nos sinais elétricos do cérebro, por isso os médicos costumam usar um eletroencefalograma (EEG) para diagnosticá-la. Um EEG registra os sinais elétricos no cérebro. A ressonância magnética (MRI) é outra maneira de examinar o cérebro e essa técnica é útil para revelar lesões cerebrais que podem ter causado convulsões.