Os inibidores da anidrase carbônica são substâncias farmacêuticas que reprimem a ação da anidrase carbônica – uma enzima que desempenha um papel importante na regulação do pH e dos níveis de fluidos no corpo humano. Essas drogas são frequentemente utilizadas para controlar o glaucoma, a epilepsia e o mal das montanhas. Eles também podem ser usados como diuréticos, no tratamento de certos tipos de úlceras gástricas, alguns distúrbios neurológicos e osteoporose.
Para entender o papel dos inibidores da anidrase carbônica no tratamento de várias doenças, pode ser útil entender como a anidrase carbônica funciona no corpo humano. É amplamente responsável pela conversão de dióxido de carbono em ácido carbônico e íons de bicarbonato. Algumas das tarefas associadas a essa ação são a regulação dos níveis de ácido no estômago e o conteúdo de água nas células renais e oculares, bem como em outros tecidos corporais. Também ajuda a eliminar o excesso de dióxido de carbono do corpo e a garantir o funcionamento adequado do pâncreas.
Quando os inibidores da anidrase carbônica são usados, eles normalmente atuam reduzindo a captação de íons de bicarbonato pelo corpo. Eles também diminuem a absorção de sal. Isso tem o efeito de reduzir os níveis de fluidos no corpo, daí seu uso como agentes diuréticos.
Os medicamentos anti-glaucoma que são inibidores da anidrase carbônica incluem acetazolamida, diclorfrenomida e metazolamida, entre outros. Esses medicamentos geralmente atuam reduzindo a quantidade de fluido – conhecido como humor aquoso, que geralmente é regulado por íons de bicarbonato – que o olho produz. O método mais comum de administração desses medicamentos é por meio de colírios. Isso alivia a pressão no olho causada pelo glaucoma e ajuda a preservar a visão.
Os riscos associados ao uso prolongado de inibidores da anidrase carbônica incluem insuficiência renal e doença hepática. Esses medicamentos também tendem a aumentar os níveis de açúcar no sangue e na urina em diabéticos. Além disso, esses medicamentos podem aumentar a falta de ar em pacientes que sofrem de enfisema.
Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que os pacientes podem sentir ao tomar inibidores da anidrase carbônica são fadiga, fraqueza, diarreia, náusea e dormência nas extremidades. Alguns efeitos colaterais menos comuns incluem sangue ou dificuldade para urinar, dor lombar e depressão. Os efeitos colaterais mais raros são urticária, convulsões e hematomas ou sangramento incomuns, entre outros.
Pesquisas médicas sobre os inibidores da anidrase carbônica sugerem que eles podem ajudar a prevenir que as células renais sejam atacadas por certos tipos de câncer renal. Isso parece ser resultado da capacidade desses fármacos de afetar os níveis de pH. É possível que sejam um bom tratamento complementar a outros tipos de quimioterapia usados para tratar o câncer renal.