Um acordo de bloqueio é um contrato que proíbe as pessoas que são consideradas insiders dentro de uma determinada empresa de vender suas ações nesse negócio por um período de tempo específico. Embora esse tipo de acordo possa ser invocado em vários cenários diferentes, o caso de uma oferta pública inicial, ou IPO, é um dos mais comuns. Geralmente, todos os executivos, gerentes e outros funcionários que recebem ações são solicitados a assinar um acordo desse tipo, junto com quaisquer capitalistas de risco ou subscritores associados ao negócio.
A ideia por trás de um acordo de bloqueio é evitar que o preço por ação associado às ações da empresa se torne instável durante o período de tempo especificado no contrato. Isso ajuda a minimizar as chances de as pessoas usarem os dados que recebem como parte de suas interações normais com a empresa e tentarem negociar essas ações com base nessas informações privilegiadas. Tomar essa precaução para evitar negociações com base em dados que não estão prontamente disponíveis para outros investidores é muito importante, uma vez que um súbito excesso de ações despejadas no mercado despertaria cautela entre a comunidade de investidores. Por sua vez, a demanda pelas ações diminuiria e o preço por ação também cairia.
Fazer uso de um acordo de bloqueio como meio de desencorajar uma tentativa de aquisição também é uma aplicação relativamente comum. Ao impor um prazo no qual os executivos e outros participantes importantes da empresa não podem vender suas ações, a empresa compra um tempo valioso que pode ser usado para desenvolver uma estratégia para conter a tentativa de aquisição. Ao mesmo tempo, a abordagem pode ser usada para reduzir o número de entidades que tentam adquirir o negócio, enquanto abre o caminho para a compra por uma entidade que os diretores da empresa consideram ser a oferta mais atraente. Quando usado dessa maneira, o processo às vezes é chamado de acordo de trava de joias de coroa.
A duração de um acordo de bloqueio dependerá de vários fatores. Entre eles está o propósito do lock-up. Para um IPO, o acordo pode proibir a venda de ações por qualquer período de alguns meses a um ano, com base em quando a oferta pública inicial está programada para ocorrer. Em média, o contrato cobrirá um período de seis meses que se estende até os primeiros meses após a realização da oferta pública, um movimento que ajuda a limitar a volatilidade das ações e dá às ações a chance de um bom desempenho no mercado.