Um coeficiente de reserva é a quantidade de dinheiro que um banco deve manter em mãos, como uma porcentagem dos depósitos de seus clientes. O banco central de cada país determina qual será a proporção para os bancos daquele país. O dinheiro pode ser guardado no próprio banco ou no banco central mais próximo. Às vezes, esse número é chamado de razão de reserva de caixa (CRR). O índice de reserva é uma das três principais ferramentas da política monetária, junto com a taxa de desconto e as operações de mercado aberto.
Os requisitos de reserva são calculados multiplicando o saldo contábil do banco, ou depósitos totais nos livros do banco, pelo índice de reserva. Se um banco tiver $ 100 milhões (USD) em depósitos em seus livros e o índice de reserva for de 10%, a exigência de reserva é de $ 10 milhões (USD). Isso significa que o banco pode emprestar $ 90 milhões (USD) a seus clientes.
Como banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve Bank define o índice nos Estados Unidos e pode alterá-lo conforme as condições econômicas o justifiquem. Uma vez que a taxa de reserva afeta a oferta de moeda, o Federal Reserve Bank pode ajustar a taxa para efetuar mudanças na política econômica. Uma mudança no índice pode ter um impacto significativo sobre as taxas de juros e a inflação; portanto, as mudanças são feitas apenas raramente e em pequenos incrementos.
O efeito de alterar a taxa de reserva é chamado de efeito multiplicador. Uma diminuição no índice significa que os bancos têm mais dinheiro para emprestar. O dinheiro emprestado é então depositado em outra instituição, que pode então emprestar uma porcentagem maior desse dinheiro e assim por diante, multiplicando o valor dos juros que os bancos podem ganhar sobre o depósito original. Por outro lado, um aumento na proporção resulta em menos dinheiro para emprestar e tem o efeito de restringir a oferta de moeda.
A importância de ter um índice de reserva foi ilustrada nos Estados Unidos durante a Grande Depressão. Por causa da queda livre no mercado de ações, muitas pessoas decidiram que seu dinheiro não estava seguro no banco, então tentaram, em massa, sacar seus depósitos. Os bancos não tinham dinheiro suficiente em reserva para pagar todos os depositantes, resultando em uma ‘corrida ao banco’. O governo teve de intervir e declarar feriado bancário para dar aos bancos tempo suficiente para gerar o dinheiro necessário, e muitos bancos que não puderam faliram.