A relação entre autoestima e estresse é complicada, pois esses dois fatores atuam e influenciam um ao outro. Ter baixa auto-estima pode produzir efeitos psicológicos que tornam a pessoa mais vulnerável a situações estressantes. Níveis consistentemente altos de estresse podem corroer gradualmente até mesmo um senso saudável de auto-estima com o passar do tempo. A alta autoestima pode oferecer proteção contra episódios estressantes, entretanto, e um ambiente de baixo estresse pode ser benéfico para indivíduos com baixa autoestima.
Auto-estima é o nível de consideração em que uma pessoa se mantém. Uma pessoa com uma auto-estima alta e saudável tem uma autoimagem geralmente positiva, mas realista, incluindo uma compreensão de seus méritos e falhas, com a aceitação de ambos. A auto-estima normalmente é construída durante a infância, mas pode ser melhorada ou diminuída mais tarde na vida.
O estresse se refere a sentimentos de pressão e preocupação. As causas do estresse variam amplamente, mas esses sentimentos frequentemente estão relacionados às responsabilidades e preocupações do mundo real e são geralmente mais pronunciados em pessoas que carregam maiores fardos de responsabilidade. A percepção de uma pessoa sobre sua situação é tão importante quanto os fatos reais dessa situação. Uma pessoa pode ver uma nova designação de trabalho como uma oportunidade maravilhosa, enquanto outra a vê como um fardo terrível.
Um lugar onde a autoestima e o estresse interagem entre si é neste momento de percepção. Pessoas com auto-estima mais elevada têm maior probabilidade de fazer avaliações positivas de suas próprias capacidades e, portanto, são mais aptas a antecipar o sucesso em novos empreendimentos. A antecipação do sucesso, por sua vez, torna a ideia de embarcar em novos projetos menos estressante.
Essa interação entre autoestima e estresse é mais destrutiva em pessoas com baixa autoestima. Essas pessoas tendem a se sentir desamparadas, impotentes e incapazes. Esses sentimentos tornam qualquer tarefa mais assustadora e podem fazer com que até mesmo desafios comuns pareçam intransponíveis.
A falta de assertividade é um dos efeitos comuns de uma auto-estima abaixo da média. Isso pode levar a um ciclo vicioso no qual a baixa auto-estima leva a pessoa a aceitar mais trabalho do que pode suportar. Isso, por sua vez, causa maior estresse. A autoestima e o estresse podem formar um ciclo de feedback prejudicial em tais casos. O treinamento em assertividade adequada pode ajudar a mitigar o estresse em tais situações e, assim, auxiliar na recuperação da auto-estima.
Nem sempre é possível evitar situações estressantes, mas as técnicas para detectar o acúmulo de estresse e lidar com esse estresse podem ajudar a modificar a relação entre autoestima e estresse. Altos níveis de estresse podem causar baixa auto-estima, mas esse efeito pode ser minimizado se o estresse for detectado precocemente. Técnicas de relaxamento, programas de gerenciamento de tempo e outras ferramentas para lidar com o estresse podem reduzir o impacto do estresse na auto-estima.