Quais são os diferentes tipos de terapia familiar para violência doméstica?

As diferentes técnicas usadas na terapia familiar para questões de violência doméstica incluem teoria da comunicação, psicoterapia, educação de relacionamento e treinamento sistêmico. A terapia familiar usa uma variedade de abordagens, dependendo da abordagem teórica do terapeuta, mas muitos terapeutas são ecléticos no sentido de que usam a abordagem que melhor se adapta à situação. Uma característica comum da maioria das terapias é a ênfase na terapia relacional, em que o que está acontecendo entre os indivíduos é a dinâmica mais importante a ser examinada.

A terapia familiar para a violência doméstica é uma das abordagens mais comuns para aconselhar relacionamentos abusivos. A terapia familiar, ou de casal, trabalha no sentido de mudar a interação disfuncional entre os membros da família e desenvolver relacionamentos novos e mais saudáveis. Originou-se no início dos anos 50, quando médicos que trabalhavam com pacientes esquizofrênicos perceberam que a dinâmica de comunicação entre todos os membros da família era disfuncional e os sintomas dos pacientes se intensificaram quando havia mais conflitos dentro da família. Quando os médicos trataram toda a família, em vez de apenas o membro da família que sofria de esquizofrenia, eles encontraram uma melhora significativa na condição do paciente. O uso da terapia familiar para casos de violência doméstica implica que o casal envolvido deseja manter sua família intacta e está preparado para trabalhar para atingir esse objetivo.

Alguns tipos de terapia familiar são baseados em teorias comportamentais, cognitivo-comportamentais ou psicodinâmicas, mas também há a abordagem de sistemas familiares em que a família é tratada como se fosse uma unidade e os relacionamentos e padrões de comunicação entre os membros da família são de mais interesse do que o que está acontecendo dentro de cada indivíduo. Nessa abordagem, a disfunção é considerada um problema que ocorre dentro da família como um todo, e não como culpa de uma única pessoa. As relações entre os membros da família podem ser consideradas como o que está contribuindo para o problema. Em termos de terapia familiar para violência doméstica, não existe tanto um agressor e uma vítima ou vítimas, mas sim uma dinâmica pela qual todas as partes são responsáveis.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) se concentra em mudar a maneira como os membros da família pensam e como esses pensamentos influenciam e ditam o comportamento, a fim de reduzir a incidência de violência doméstica. A terapia familiar psicodinâmica se concentra na conversa para descobrir os processos subconscientes que levam ao comportamento disfuncional. A terapia familiar sistêmica para a violência doméstica envolve a identificação dos problemas, relacionamentos e atitudes do casal ou família, a fim de fornecer alguns insights sobre a dinâmica familiar. Dessa forma, o problema não é causado por um indivíduo, mas pela família como um todo.