Na anatomia, uma ampola é uma porção dilatada, tipo bulbo, de uma estrutura tubular. Em outras palavras, são tipos de dutos ou canais encontrados no corpo humano. O ouvido, por exemplo, possui ampolas – o plural de ampolas – nele. As ampolas são partes importantes do corpo que tendem a servir de lugar de retenção para algo que se move pelo corpo, como uma junção em que reações químicas ou outras atividades podem ocorrer ou como um órgão sensorial.
Ampolas existem em animais e humanos. Nos seres humanos, as extremidades aumentadas de cada um dos três canais ósseos semicirculares no ouvido interno são conhecidas como ampolas ósseas. Pequenos pêlos nessas ampolas ajudam a manter o cérebro informado sobre como a cabeça é orientada, ajudando o senso de equilíbrio da pessoa. A ampola retal, por outro lado, é a porção dilatada do reto logo acima do canal anal. O corpo humano armazena material fecal na ampola retal antes de expulsá-lo.
A ampola de Vater, outro tipo de ampola, é nomeada pelo anatomista alemão Abraham Vater, que primeiro discutiu a parte do corpo na década de 1700. Também conhecida como ampola hepatopancreática, é o ponto aumentado em que os ductos do fígado e do pâncreas se unem e levam ao duodendum – a primeira parte do intestino delgado. A ampola de Vater transporta a bile para fora do corpo, mas primeiro ela se mistura com a comida no intestino delgado para ajudar na digestão.
A ampola do ducto deferente no sexo masculino é a extremidade aumentada do ducto deferente. Essa ampola fica atrás da bexiga urinária e é um tubo que transporta espermatozóides de onde são armazenados no epidídimo em direção a uma glândula chamada vesícula seminal para formar um ducto ejaculatório.
A ampola do tubo uterino é a parte do meio do tubo uterino em mulheres. É aqui que o óvulo de uma mulher normalmente encontra esperma para que a fertilização ocorra. A ampola contém estruturas musculares e semelhantes a cabelos, chamadas cílios, para ajudar a mover um óvulo fertilizado em direção ao útero. Um ovo não fertilizado, no entanto, degenerará na ampola.
Ampolas também existem em outros animais. As ampolas de Lorenzini, por exemplo, fazem parte de uma rede de canais cheios de gel visíveis logo abaixo da pele de tubarões e alguns outros peixes. Essas ampolas desempenham uma função sensorial, um pouco como as ampolas ósseas em humanos. As ampolas de Lorenzini, no entanto, são eletrorreceptores. Eles permitem que os peixes detectem campos eletromagnéticos na água. Pensa-se que isso desempenhe um papel na capacidade dos peixes de detectar presas, bem como nas mudanças de temperatura da água.